Escritor baiano Itamar Vieira Jr, fenômeno da literatura brasileira, fará palestra no STF sobre o livro “Torto Arado”

O escritor baiano Itamar Vieira Jr, de 43 anos, autor do livro “Torto Arado”, um dos maiores sucessos da literatura brasileira nas últimas décadas, participará, na próxima segunda-feira (26), na sede do STF, em Brasília, do evento “Diálogos com o Supremo”. Itamar será o palestrante principal do evento, que será aberto, às 14hs, pela presidente do STF, ministra Rosa Weber. 

Esta será a 5ª edição do “Diálogos com o Supremo”, um programa criado pela ministra Rosa Weber em novembro do ano passado, com objetivo de estimular o debate sobre temas contemporâneos. O evento busca a difusão do conhecimento jurídico sobre temas relevantes e atuais, com a realização de palestras e exposições que provoquem reflexões, aprimorem discussões e fomentem ideias, de modo a contribuir para o fortalecimento do diálogo entre o STF e as demais instituições públicas e privadas, além da sociedade civil e acadêmica nacional e internacional. 

Itamar Vieira Jr., baiano nascido em Salvador, é geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela Universidade Federal da Bahia. Como servidor do Incra, diz já ter recebido ameaças de morte por sua atuação para uma divisão mais equânime da terra e pela proximidade com povos quilombolas. O autor já ganhou o Prêmio Jabuti de Romance Literário, além dos prêmios Leya (destinado a escritores lusófonos) e Oceanos (também voltado para autores em língua portuguesa). 

O romance “Torto Arado”, de Itamar Vieira Jr, que estará em foco no evento do STF, foi lançado em 2019 e conquistou o público e a crítica no Brasil e em mais de 20 países nos quais foi traduzido, e teve mais de 700 mil exemplares vendidos. A história das irmãs Bibiana e Belonísia é dividida em três partes, desde a infância à vida adulta e o entrelace de suas vidas com a comunidade rural em que vivem. O enredo se passa no interior da Bahia, na Chapada Diamantina, uma região que recebeu um contingente grande de trabalhadores, submetidos a uma situação degradante de trabalho, análoga à escravidão.

Bahia Notícias | Foto: Divulgação