Maio Amarelo: HU-Univasf reforça alerta sobre números de vítimas de acidentes no trânsito

O ano de 2022 já conta com uma preocupante constatação diante das notificações de atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito realizados pelo Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf/Ebserh), em Petrolina. Por isso, em mais uma edição, a instituição apoia o movimento Maio Amarelo com o intuito de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. 

Apenas no primeiro trimestre, 2.159 vítimas de acidentes de trânsito foram atendidas na instituição, com base nas notificações realizadas pela equipe de Vigilância em Saúde do hospital. "Os números preocupam, sobretudo em função do retorno das atividades sociais, econômicas e esportivas que passaram por restrições devido à pandemia de Covid-19 nos últimos dois anos", diz o HU.

Vítimas de acidentes de trânsito atendidas no HU-Univasf 

 

2021 

2022 (primeiro trimestre) 

Total de vítimas atendidas 

8.719 

2.159 

Pacientes que utilizavam motocicleta no momento do acidente 

6.385 

1.587 

Pacientes que utilizavam bicicleta no momento do acidente 

953 

230 

Fonte: Sistema de Informação sobre Acidentes de Transporte Terrestre (Sinatt) 

Meios de locomoção e fatores associados 

Além da motocicleta, outro meio de locomoção que tem apresentado elevados registros relacionados aos acidentes são as bicicletas, com números superiores aos de carros envolvidos. Em relação aos fatores associados, constata-se, na maioria das vezes, a ausência do capacete de proteção, seguida por ausência de habilitação e uso de bebida alcóolica pelo condutor. 

O domingo ainda tem sido o dia da semana com maior número de ocorrências, e o tombamento/capotamento a principal natureza do acidente, seguido por colisão. 

Repercussões socioeconômicas 

Mais de 70% dos acidentados são do sexo masculino e a faixa etária predominante é de 20 a 39 anos, o que representa mais expressivamente a população economicamente ativa. Os impactos para as suas vidas e dos seus familiares são inúmeros, tendo em vista que muitos pacientes não conseguem retornar às atividades habituais imediatamente. 

"Para além das vítimas fatais, há os pacientes que sofrem traumas e podem ter sequelas, necessitando de internação hospitalar, tratamento fisioterapêutico e suporte da equipe multiprofissional. É importante alertar que os casos que envolvem lesões mais graves como traumatismos cranianos ou medulares podem resultar em paraplegia ou tetraplegia, entre outras condições irreversíveis para os movimentos do corpo. Neste sentido, o processo de reabilitação é iniciado dentro do contexto hospitalar e continua após a alta médica, podendo ser temporário ou permanente, a depender das sequelas apresentadas", sinaliza Fabrício Olinda, fisioterapeuta e chefe do Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HU-Univasf. 

De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), os acidentes de trânsito geram um custo anual de R$ 50 bilhões para a sociedade brasileira. 

Da Redação RedeGN