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O início do carnaval de rua traz uma preocupação para os foliões brasileiros: o roubo de celulares e os golpes com cartão de banco. No meio da diversão dos blocos do pré-carnaval de São Paulo, Eduardo foi vítima de um golpe. Comprou uma bebida na rua e não percebeu que o cartão tinha sido trocado. O criminoso zerou a conta bancária dele.
“Na primeira tentativa de aproximação ele falou que foi negado, aí ele pediu para passar novamente, eu dei o meu cartão na mão dele e aí nesse momento ele fez a troca sem que eu percebesse" , diz o ator Eduardo Godoy.
A Federação Brasileira de Bancos emitiu um alerta por causa do crescimento desse crime.
“Privilegie que você introduz o cartão na maquininha ou aproxime o cartão da maquininha. Isso impede que alguém troque seu cartão no momento da transação. Desconfie sempre se você receber uma maquininha que o vendedor diga que está quebrado, que o visor não está funcionando. Confira sempre se o valor da compra no comprovante é de fato o valor que você desejava pagar", diz o diretor de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini.
O celular é outro item que fica ainda mais visado nesta época.
Em fevereiro de 2020, nos fins de semana sem desfile de blocos, a média de roubos e furtos de telefones celulares na cidade de São Paulo foi de cerca de 600 por dia. No pré-carnaval, quando saíram os maiores blocos, a média saltou para mais de 2,3 mil por dia. E no carnaval, ficou em quase 1,7 mil roubos e furtos diários.
Em 2023, para tentar coibir esses crimes, a PM de São Paulo está usando drones, torres de observação e policiais infiltrados durante os desfiles dos blocos.
Se por um lado ele é alvo dos bandidos, por outro, é difícil não levar o celular pra folia até porque a pessoa pode precisar dele. Seja pra pedir um carro de aplicativo ou tentar achar os amigos na multidão. Para evitar problemas, a orientação é se preparar antes de sair de casa.
A Federação dos Bancos aconselha reduzir temporariamente os limites das transações bancárias.
"Reduza seus limites para transações. Os bancos dispõem a possibilidade de reduzir limites. Se você reduz limites, você também reduz o risco de no caso de você já abordado ou coagido para fazer algo, seus limites são muito reduzidos", diz o diretor de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini.
As organizadoras de um bloco que desfilou neste fim de semana contrataram seguranças para reforçar a proteção e postaram dicas nas redes sociais.
“Para tomar cuidado com o celular, para esconder o seu celular, não abrir o seu celular no meio da aglomeração. Se tiver que falar vai num bar, vai numa padaria”, afirma a fundadora de bloco Fernanda Ferreira.
Depois do prejuízo, Eduardo diz que vai pular carnaval, mas o cartão fica em casa: “Acho que eu vou levar um dinheiro trocado e viver a vida”.
Jornal Nacional/TV Globo Foto ilustrativa arquivo Agencia Brasil
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