Foram encontrados 42 registros para a palavra: propina

Jaques Wagner em coletiva nega ter recebido propina na construção da Fonte Nova

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Jaques Wagner negou ter recebido propina no valor de R$ 82 milhões por meio do superfaturamento do contrato de demolição e reconstrução da Arena Fonte Nova. Em pronunciamento feito à imprensa na tarde desta segunda-feira (26) em Salvador, ele acusou a Polícia Federal de não compreender o caso e garantiu nunca ter recebido ou solicitado pagamentos indevidos em sua vida pública. ”Acusações são infundadas e só servem para gerar manchete de jornal” rebate Jaques Wagner. O ex-governador afirmou ainda que o investimento para a construção da Fonte Nova foi um dos menores do Brasil.

Veja o vídeo:..

ARTIGO – LA PROPINA MEXICANA!

Quando alguém projeta uma viagem de férias fora do país, obviamente que alguns componentes inspiram esse desejo. Um primeiro fato motivador está circunscrito ao natural desejo de conhecer novas gentes, novas culturas e práticas de conduta que possam oferecer indicadores de vida dignos de serem assimilados, promovendo eventuais mudanças pessoais ou que possam influir na própria sociedade em que vive.

Outro detalhe que alimenta esse desejo pode estar restrito ao campo do sentimento de cansaço e decepção por tudo de ruim que vem acontecendo nos dias atuais com o nosso país. A carga de notícias negativas sobre crimes de conduta de autoridades que deveriam se respeitar e dar o exemplo, somente enoja e envergonha o cidadão que procura viver com um mínimo de decência. E são enormes as possibilidades de aprendizado e experiências enriquecidas durante essas viagens, que somente enobrecem àqueles que aproveitam e buscam essa fonte de conhecimento...

Depoimentos citam propina para o PSDB em contratos de obras em SP

Ex-executivos da OAS e da Andrade Gutierrez afirmaram em depoimentos à Polícia Federal que pagaram propinas a autoridades de São Paulo, que, segundo eles, tinham como destino final a campanha do PSDB ao governo do Estado em 2006. Os depoimentos de Carlos Henrique Barbosa Lemos, ex-diretor da OAS, e de Flávio David Barra, ex-presidente da Andrade Gutierrez Engenharia, foram prestados no âmbito do inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga o atual senador José Serra (PSDB-SP), aberto com base na delação premiada da Odebrecht.

Lemos e David Barra confirmaram à PF acusações feitas por delatores da Odebrecht. Com a Andrade e a OAS, já são três empresas das cinco que lideraram as obras do Rodoanel paulista cujos ex-dirigentes admitiram pagamentos à campanha tucana como contrapartida pelos contratos...

Em depoimento a Moro, Palocci diz que Lula recebia propina da Odebrecht

O ex-ministro petista Antônio Palocci, condenado a 12 anos e 2 meses por corrupção e lavagem de dinheiro, afirmou em depoimento nesta quarta que o ex-presidente Lula recebia propinas da Odebrecht. As informações são Estadão. 
 
Palocci, que liderou as pastas da Fazenda e Casa Civil nos governos Lula e Dilma Rousseff, foi ouvido por Sérgio Moro em Curitiba pela Lava Jato. Segundo o colunista do O Globo Ricardo Noblat, Palocci teria dito que a construtora repassou R$ 4 milhões ao ex-presidente e R$ 300 milhões ao PT.

Lula já havia sido condenado pelo juiz em julho deste ano a nove ano e meio por corrupção passiva e lavagem de dinheiros pelo processo que investigava propinas da Petrobras e Odebrecht...

Odebrecht revela R$ 4 mi ao Instituto Lula em conta de propina

O empresário Marcelo Odebrecht reafirmou nesta terça, 5, seus termos de delação premiada perante o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. O delator foi interrogado em ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sobre contratos entre a Odebrecht e a Petrobras. O Ministério Público Federal aponta que propinas pagas pela empreiteira chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a estatal.

Este montante, segundo a força-tarefa da Lava Jato, inclui um terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência do ex-presidente em São Bernardo (SP) no valor de R$ 504 mil...

Ministério Público tenta identificar 'caminho da propina' destinada a Geddel Vieira Lima

O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal tenta identificar o "caminho da propina" que seria destinada ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). A informação deverá embasar uma denúncia do MPF acerca dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que deverá ser apresentada nos próximos 15 dias. Geddel é investigado pela suspeita de integrar um esquema que operava a liberação de recursos do FI-FGTS a empresas em troca de propina. O ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, operadora do fundo, entre 2011 e 2013. O peemedebista cumpre prisão domiciliar em Salvador, depois de indícios de que Geddel pressionava a família do corretor Lúcio Funaro para impedir que ele fechasse acordo de delação premiada. Segundo o Uol, procuradores afirmam que Geddel e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) atuavam juntos para agilizar liberações de recursos do FI-FGTS a empresários em troca de propina. As irregularidades são investigadas pela Operação Greenfield, desdobramento da Operação Lava Jato, segundo a qual é estimada liberação de R$ 1,2 bilhão em recursos como contrapartida a vantagens ilícitas. O empresário Lúcio Funaro, um dos principais operadores do esquema, disse à Polícia Federal que entregava malas de dinheiro para Geddel como parte do pagamento, inclusive, com repasse de R$ 20 milhões em espécie ao ex-ministro a título de propina por operações de crédito que ele teria ajudado a liberar. Os investigadores querem saber qual destinação Geddel dava para o dinheiro que Funaro alegou ter repassado a ele, para detalhar a rede de operadores financeiros, empresas e contas bancárias abastecidas. Pessoas ligadas à investigação sugerem que os depoimentos de Funaro em acordo de delação premiada poderão detalhar o "caminho da propina" de Geddel. Dados já obtidos na Operação Lava Jato deverão ser utilizados também. O advogado de Geddel, Gammil Föppel, disse por meio de nota que "rechaça enérgica e categoricamente" as alegações feitas por Funaro, e que o cliente não recebeu qualquer vantagem indevida - nem durante sua gestão na Caixa nem em qualquer outro período da sua vida. A defesa de Geddel disse ainda que os supostos beneficiários de tais operações de créditos já afirmaram que não pagaram qualquer forma de propina ao ex-ministro. Segundo Gammil, Geddel também não possui contas no exterior e todos os seus bens são declarados à Receita Federal. Eduardo Cunha também nega as acusações. ..

PGR apura se Temer é 'Tremito' na lista de propina da Odebrecht

A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga se 'Tremito' é o codinome atribuído ao presidente Michel Temer na planilha de pagamentos de propina da empreiteira Odebrecht. As informações são da coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo. O apelido continua sem explicação no conjunto de delações. No entanto, a empresa entregou um extrato de R$ 40 milhões de propina paga para diversos membros do PMDB devido a um contrato de prestação de serviços para a área internacional da Petrobras em nove países. Os procuradores voltarão a questionar os delatores sobre a identidade de 'Tremito'. ..

Rocha Loures entrega 'mala da propina' com R$ 35 mil a menos

Quatro dias depois de chegar ao Brasil, vindo de uma viagem aos Estados Unidos, o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) devolveu a mala que havia sido entregue a ele pelo diretor da JBS Ricardo Saud. Mas, segundo o auto de apreensão da PF, protocolado pela defesa de Loures no Supremo Tribunal Federal (STF), havia 9.300 cédulas de R$ 50, totalizando R$ 465 mil. A delação dos executivos da JBS aponta que ele recebeu R$ 500 mil. Assim, ainda faltariam R$ 35 mil.

A defesa também informou que o deputado afastado entregou seu passaporte. Para comprovar isso, protocolou outro auto de apreensão da PF. O dinheiro e o documento foram entregues às 21h20 de segunda-feira na Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo. Não há no documento explicação para o valor ser menor do que o recebido da JBS.

"Rodrigo Santos da Rocha Loures, por seus advogados, nos autos do inquérito policial nº 4483, vem perante Vossa Excelência informar que, na data de ontem, entregou à Autoridade Policial lotada na Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo/SP uma mala contendo valores em espécie diretamente relacionados à presente investigação, bem como seu passaporte oficial, conforme consta dos autos de apreensão em anexo", diz o documento de Rochas Loures.

"Valor toral R$ 465.000,00 (quatrocentos e sessenta e cinco mil reais) acondicionadas em uma mala cor predominante preta. Lacre nº 0888271", diz trecho do auto de apreensão...

Delator da JBS diz que pagou propina para Paulo Câmara, Geraldo Julio e Fernando Bezerra Coelho

Diretor da JBS, o delator Ricardo Saud afirmou, em delação à força-tarefa da Lava Jato, que negociou o pagamento de propina na campanha de 2014 com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e com o prefeito do Recife, Geraldo Julio; ambos do PSB. Tudo começou com um acerto para pagar R$ 15 milhões para a campanha presidencial do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014. A delação envolve também o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).
 
 

"Exatamente no dia que ele faleceu, eu estava com o Henrique que era a pessoa dele que ele mandava... Ou o Henrique, ou o Paulo Câmara ou o Geraldo Julio para ir lá tratar da propina", afirma Saud. Após a morte de Eduardo, Saud conta que foi procurado por Geraldo Julio pedindo para que fosse honrado o pagamento do que havia sido negociado com Eduardo. O objetivo era vencer a eleição pelo governo de Pernambuco. No início, a JBS queria pagar apenas o que foi combinado com o ex-governador. "Nós chegamos ao meio termo que íamos pagar para não atrapalhar a campanha do Paulo Câmara. E ainda darmos uma propina para o Paulo Câmara em dinheiro vivo lá em Pernambuco", afirma.

FBC - Segundo o delator da JBS, o senador Fernando Bezerra Coelho também se favoreceu do acordo. Ele indicou uma empresa que teria recebido R$ 1 milhão em 02 de setembro de 2014. "O Fernando Bezerra foi beneficiado. Essa nota fiscal aqui de R$ 1 milhão foi para ele", afirma Saud. As informações vieram à tona com a divulgação pela Justiça dos vídeos das delações; que atingiram fortemente o presidente Michel Temer (PMDB)...

Temer deu a bênção para propina, diz delator

Mais um ex-executivo da Odebrecht afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o presidente Michel Temer foi o responsável por chancelar, em 2010, acerto para que a empreiteira destinasse US$ 40 milhões de propina a integrantes do PMDB.

Rogério Santos de Araújo, responsável pelo lobby da Odebrecht na Petrobras, afirmou que Temer, em reunião em 15 de julho de 2010, "assentiu" e deu a "bênção" aos termos do acordo previamente tratados por executivos da empreiteira com o então deputado Eduardo Cunha (PMDB) e o lobista do PMDB João Augusto Henriques.Antes dele, Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia, também havia mencionado a reunião...

Dono da Gol cita propina a Cunha e envolve ex-ministro Henrique Alves

O empresário Henrique Constantino, acionista da Gol Linhas Aéreas, confirmou a procuradores da Lava Jato ter feito pagamentos para o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao corretor Lúcio Funaro, ambos presos, em troca de apoio na liberação de valores do fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ainda segundo Constantino, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) teria participado da reunião em que os pagamentos foram definidos.

As informações foram dadas pelo empresário no âmbito da negociação de um acordo de colaboração com os investigadores de Curitiba e Brasília. Constantino procurou as autoridades após aparecer nas operações Sépsis e Cui Bono? e ser citado no pedido de prisão de Eduardo Cunha. Como a Gol Linhas Aéreas assinou um acordo de leniência e assumiu os crimes praticados pela empresa, agora o empresário pretende se livrar na pessoa física de problemas na Justiça. Na leniência, a Gol se comprometeu a pagar R$ 5,5 milhões para reparação pública, R$ 5,5 milhões como multa e mais R$ 1 milhão pela condenação...

ARTIGO: As propinas dos juizes podem ser verdade

Desde quando começou a Operação Lava Jato muita água já passou embaixo da ponte. Já foram presos políticos que em passado recente jamais se imaginaria que tal fato acontecesse, já foram presos os maiores empresários da construção civil do país, especialmente das maiores empreiteiras prestadoras de serviços à Petrobrás, que sempre gerou, em função disso, milhares e milhares de empregos no país. Ou seja, aconteceram fatos concretos que no passado ninguém poderia imaginar.

Mas agora vem a novidade que segundo a coluna de Lauro Jardim, de O Globo, vai tocar fogo no país. De acordo com o colunista a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Eliana Calmon, sugeriu que a delação premiada de executivos da Odebrecht pode envolver membros do Judiciário brasileiro. Ou seja, para ela será impossível fechar a delação da maior empreiteira do país sem envolver nenhum magistrado...

Há provas de que senador Fernando Bezerra recebeu propinas, diz PF

A Polícia Federal (PF) comprovou que o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) recebeu R$ 20 milhões do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, referente ao pagamento de propina para a campanha de reeleição de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, e acrescenta que a denúncia foi feita pelo próprio ex-diretor, que em sua delação premiada disse aos investigadores que o pedido do senador foi feito entre 2010 e 2011.

O valor foi pago por empreiteiras com o objetivo de assegurar a obra de infraestrutura na Refinaria Abreu e Lima e incentivos tributários, “o que de fato veio a ocorrer”, concluem os investigadores. A obra na refinaria foi contratada pela diretoria da Petrobrás comandada por Paulo Roberto Costa...

Mais de 100 políticos são apontados como beneficiários de propinas, segundo Odebrecht

Mais de cem deputados, senadores e ministros foram apontados como beneficiários de desvios de dinheiro público nas negociações de delação premiada de executivos da Odebrecht. Executivos da construtora, entre eles o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht, citaram pelo menos dez governadores e ex-governadores, de acordo com O Globo. Entre eles estão os ex-governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão e Sérgio Cabral, ambos do PMDB; de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); e de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Os depoimentos dos 15 executivos da Odebrecht devem começar nesta sexta-feira (29), de acordo com o blog de Lauro Jardim. As negociações evoluíram sobretudo depois que advogados da empresa informaram ao Ministério Público Federal que estavam conseguindo recuperar os arquivos do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, destinado a pagar propina a pedido de outras áreas da empresa. As provas constantes nesses arquivos são consideradas essenciais para o desfecho das negociações, inclusive, detalhes sobre os repasses de dinheiro de origem ilegal a autoridades. É possível que a Odebrecht feche o acordo de delação antes da OAS, uma de suas principais rivais.  ..

PCdoB recebia propina de contratos do Minha Casa Minha Vida, diz delator

O ex-ministro Aldo Rebelo (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)

Há duas semanas, VEJA revelou os detalhes da extensa delação premiada que o ex-deputado Pedro Corrêa, um dos corruptos mais antigos em atividade no país, firmou com a Justiça. Confessando seus crimes com a autoridade de um decano da roubalheira, que começou a receber propinas na década de 70 e só foi parado pela Operação Lava Jato, Corrêa desnudou as engrenagens da corrupção nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, mas fez mais. Além de comprometer figuras de proa da antiga oposição, como Aécio Neves, e da cúpula do PMDB e do governo interino de Michel Temer - como Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Romero Jucá e Renan Calheiros - Corrêa escancara de vez o esquema de corrupção montado por pretensos partidos "éticos" da política, os virtuosos líderes de esquerda do PCdoB. O cérebro do esquema de corrupção comunista, diz o delator, era o ex-ministro Aldo Rebelo...

Em delação, Machado diz que Temer acertou propina para campanha à prefeitura de SP

O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, apontou em sua delação premiada que o presidente interino, Michel Temer, acertou o pagamento de propina para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo em 2012. Machado disse que se reuniu com Temer em setembro de 2012 na base aérea de Brasília e que eles acertaram o valor de R$ 1,5 milhão, que seria pago pela empreiteira Queiroz Galvão. "o contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Trasnpetro na forma de doação oficial para a campanha de Chalita", relata o documento da Procuradoria-Geral da República (PGR). Temer negou as acusações e disse que não pediu propina para Machado. Em sua delação, o ex-presidente da Transpetro disse ainda que repassou propina para ao menos 18 políticos de diferentes partidos: PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PSB ..

Cerveró diz que propina da Petrobras bancou campanha de Jaques Wagner

O ex­diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou, em acordo de delação premiada, que propina da Petrobras articulada pelo então presidente da estatal José Sérgio Gabrielli abasteceu a campanha para governador da Bahia, em 2006, do petista Jaques Wagner, hoje ministro ­chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff.

O relato de Cerveró foi reproduzido pela PGR (Procuradoria Geral da República) em manifestação na qual pediu a inclusão de Wagner e Gabrielli como investigados no inquérito que apura a existência de uma organização criminosa na Petrobras, da Operação Lava Jato...

Cerveró cita em depoimento envolvimento de Cunha e Renan em propinas

O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, citou um possível envolvimento dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado no recebimento de propinas pagas a funcionários da estatal. A oitiva, nesta segunda-feira (18), foi a primeira de Cerveró na condição de delator na Operação Lava Jato. Somados os valores, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teriam participado de operações que renderam cerca de US$ 35 milhões em propinas. Cerveró falou em um processo que trata sobre um empréstimo de R$ 12 milhões, feito pelo Banco Schahin, ao empresário José Carlos Bumlai. O valor nunca foi pago. O empresário reconheceu que a quantia foi destinada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo as investigações da Lava Jato, o Grupo Schahin teria sido beneficiado em um contrato de US$ 1,6 bilhão, para operar o navio-sonda Vitória 10000 para a Petrobras.

Segundo Cerveró, as propinas em que Cunha e Renan estariam envolvidos foram pagas não pelo Grupo Schahin, mas pela Samsung. A empresa sul-coreana construiu, além do Vitória 10.000, outro navio-sonda para a estatal, nomeado Petrobras 10.000, entregue antes da embarcação que foi operada pela Schahin. De acordo com Cerveró, os valores pagos pela Samsung aos políticos e funcionários da Petrobras giraram na ordem de US$ 15 milhões para o Petrobras 10.000 e de US$ 20 milhões no Vitória 10.000. O ex-diretor explicou que a construção das duas sondas partiu de uma necessidade da Petrobras. “Nós acertamos as bases, e aí vou me permitir, citando a minha colaboração premiada, na primeira sonda, Petrobras 10.000, houve um acerto de propina de US$ 15 milhões e na segunda sonda, a Samsung aumentou essa propina para US$ 20 milhões, propina essa que não foi paga”, disse...

Marcelo Odebrecht controlava esquema de pagamento de propina em construtora

Mesmo com o presidente da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht, preso a Operação Lava Jato descobriu indícios de que os pagamentos de propina do Grupo Odebrecht ocorreram até novembro de 2015, aponta o Ministério Público Federal. A Operação Xepa, 26ª fase deflagrada nesta terça-feira (22) cumpre 110 mandatos em oito Estados, sendo 15 de prisões. "Apurou-se que as tratativas acerca dos pagamentos de vantagens indevidas se estenderam até, pelo menos, novembro de 2015, conforme comprovado por troca de e-mails entre os investigados", informa a força-tarefa da Lava Jato. Os pagamento se davam, segundo as evidências surgidas após a Operação Acarajé - 23ª fase deflagrada em 22 de fevereiro, por meio de uma estrutura do Grupo Odebrecht "profissionalmente organizada" chamado "setor de operações estruturadas". "Este setor tinha dentre suas missões viabilizar, mediante 'pagamentos paralelos', atividades ilícitas realizadas em favor da empresa. Para operacionalizar o esquema ilícito, foi instalado dentro do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht um sistema informatizado próprio, utilizado para armazenar os dados referentes ao processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada entre os executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas". Marcelo Odebrecht foi condenado no mês passado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos em primeiro grau da Lava Jato, a 19 anos de prisão, na primeira ação pena envolvendo o grupo. A nova fase complica a vida do empreiteiro - detido desde 19 de junho, em Curitiba, alvo da 14ª fase batizada de Operação Erga Omnes. "Dentre as razões que embasaram as prisões preventivas estão as novas evidências de pagamentos de propinas vultosas, disseminadas e sistematizadas como modelo de negócio, até data recente, mesmo após a 14ª fase da Lava Jato, a qual focou sobre a atividade ilícita da Odebrecht", informa o MPF. "Os indicativos de obstrução à investigação, com a destruição de arquivos e informações; bem como as provas de mudança para o exterior, por conta da empresa e após a deflagração da Lava Jato, dos funcionários responsáveis pela estruturação dos pagamentos ilícitos". A Operação Xepa é desdobramento da 23ª fase - Operação Acarajé - em que foi preso o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura. Eles receberam pelo menos US$ 3 milhões da Odebrecht em conta secreta na Suíça. A partir dessas investigações, foram descobertas as planilhas secretas da empreiteira com pagamentos de propina e codinomes. "A partir das planilhas obtidas e das anotações contidas no celular de Marcelo Odebrecht, obtiveram-se mais evidências contundentes de que este, então Presidente da Organização Odebrecht, não apenas tinha conhecimento e anuía com os pagamentos ilícitos, mas também comandava diretamente o pagamento de algumas vantagens indevidas, como, por exemplo, as vantagens indevidas repassadas aos publicitários e também investigados Monica Moura e João Santana", informa o MPF. ..

PF deflagra 25ª fase da Lava Jato em Portugal e prende suspeito de pagar propinas

A Polícia Federal deflagrou a 25ª fase da Operação Lava Jato em Portugal durante a madrugada desta segunda-feira (21). Esta é a primeira etapa realizada fora do Brasil. Raul Schmidt Felipe Junior, investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da Petrobras, foi preso preventivamente. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra ele. Raul morava em Londres e se mudou para Lisboa desde o início da Operação Lava Jato. Ele possui naturalidade portuguesa e estava foragido desde julho de 2015, quando foi expedido mandado de prisão contra ele. Além de pagar propinas a Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, ele ainda atuava como preposto de empresas internacionais para conseguir contratos de exploração de plataformas da estatal. ..