Como divulgado nesta manhã de segunda-feira, 25, a Polícia Federal, com apoio de outros órgãos de segurança pública e do Poder Judiciário Federal, cumpriu mandados de reintegração de posse em favor da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), desalojando famílias de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nos Acampamentos Irani I e II e Abril Vermelho, localizadas nos municípios de Juazeiro e Casa Nova. A área ocupada totalizava aproximadamente 1727 hectares (19 lotes).
A desocupação gerou manifestações em favor das famílias desalojadas, embora a Polícia Federal e a Codevasf tenham anunciado que a operação foi pacífica, sem confrontos e que as famílias teriam sido encaminhadas para outras áreas em transportes cedidos pela própria Codevasf.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) reiterou o repúdio à decisão judicial que determinou a reintegração de posse dos acampamentos Abril Vermelho, Irmã Dorothy e Iranir de Souza, e manifestou solidariedade aos trabalhadores/as atingidos pelos despejos em nota distribuída nesta segunda feira pela CPT: “Bombas de gás, spray de pimenta, casas destruídas, trabalhadores feridos e cerca de 700 famílias sem ter para onde ir. Essa é a situação dos acampamentos Abril Vermelho, no Projeto Salitre, em Juazeiro, Irmã Dorothy e Iranir de Souza, no Projeto Nilo Coelho, em Casa Nova (BA). Os despejos violentos realizados pela Polícia Federal, que tiveram início na madrugada de hoje (25), cumprem mandados de reintegração de posse em favor da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf)”, disse em trecho da nota.
O Irpaa também se pronunciou: “A madrugada desta segunda-feira (25) foi de pavor para centenas de famílias Sem Terra do Vale do São Francisco que sofreram despejo por meio de uma ação violenta da Polícia Federal. No total, uma média de 700 famílias dos Acampamentos Abril Vermelho, no Projeto Salitre, em Juazeiro, Irmã Dorothy e Iranir de Souza, no Projeto Nilo Coelho, em Casa Nova (BA) tiveram seus barracos destruídos e a ameaça de destruir também as áreas de plantio. A decisão das famílias foi de resistir e, mediante confronto e ação truculenta da polícia, houve pessoas feridas e intimidadas”, concluindo com palaras de apoio: “Nos solidarizamos com as famílias atingidas e com todo o Movimento dos/as Trabalhadores/as Rurais Sem Terra (MST), reconhecendo a contribuição desses acampamentos para a produção de alimentos e economia local ao longo desses anos e a necessidade de garantir às famílias o direito à moradia e à terra para produzir.”.
Em nota a Codevasf justificou que a “as iniciativas da Codevasf para desocupação dessas áreas ocorrem especialmente para proteção e preservação da área de reserva legal do Projeto Senador Nilo Coelho, um requisito fundamental para renovação do licenciamento ambiental do projeto e a continuidade de seu funcionamento, com a manutenção de mais de 60 mil empregos diretos e indiretos e o incremento anual de R$ 1,42 bilhões na economia da região”, disse em um dos trechos.
De acordo com a Codevasf “Reitera-se, sobretudo, que a Codevasf, na plena obediência à Justiça, recupera, assim, o patrimônio público da União, conforme Lei federal, e está envidando todos os esforços junto às Forças de Segurança e aos próprios envolvidos neste processo, para que todo o trâmite ocorra com harmonia e na mais perfeita paz”, justificou.
Da redação GJ Notícias
19 comentários
25 de Nov / 2019 às 21h51
Onde estão as bombas de gás e spray de pimenta nessa reintegração? Eu quero vê-las! Por que ninguém gravou isso em vídeo? Por que ninguém vazou essas supostas imagens na internet? Se isso realmente tivesse ocorrido garanto que esse BLOG seria o primeiro a veicular tal episódio! Bora IRPAA, eu tô ansioso para ver as imagens dessa "civil war!" É por isso leitores desse Blog que EU sempre combato essa ideologia nefasta de "Esquerdopatia Lulopetista". Falam muito mas não provam nada!
25 de Nov / 2019 às 22h09
A codevasf a justiça Federal e os policiais estão todos de parabéns fora MST fora fora fora .
25 de Nov / 2019 às 22h09
A codevasf a justiça Federal e os policiais estão todos de parabéns fora MST fora fora fora .
25 de Nov / 2019 às 23h40
É bom que se deixe claro, que essa foi uma ação política do poder público FEDERAL. Apesar do apoio da policia militar da Bahia, que cumpriu pedido de ação junto com outros órgão para dar suporte ao integração de posse. Aliás, como fez diversos outros órgãos. Mas a execução política dessa integração vem do governo FEDERAL. Do governo de Jair Messias Bolsonaro, com todo sua trupe que participa do governo, dentro da Codevasf como dentro do Parlamento.
26 de Nov / 2019 às 06h03
Caro Geraldo, e essas pessoas que não tem para onde ir o que é que a codevasf vai fazer, os pais e mães de família vão dar empregos ,Geraldo os prejuízos são incalculáveis, essas pessoas só estava trabalhando ,essas terras é da União,e quem é a união as terras é nossa é do povo que querem trabalhar, ogivas na mão, melancia abóbora banana maracujá etc.muitas plantas frutíferas produzindo ,quando é que esse país vai dar certo com essa desigualdade .?
26 de Nov / 2019 às 07h05
Tudo para alimentar o agronegócio , os ruralistas que apoiam esse governo que se diz cristão e patriota, que pensa na economia sendo gerada na desgraça das famílias humildes, que só querem assegurar suas rendas na agricultura familiar. Não se faz um programa social legalizando, fiscalizando e doando as terras ao povo menos desprovida dessa nação.
26 de Nov / 2019 às 07h11
MARIA DAS GRAÇAS VOCÊ QUER INSINUAR QUE A POLÍCIA MILITAR É UMA POLÍCIA POLÍTICA FOI ISSO QUE EU ENTENDI. POLÍCIA É POLÍCIA INDEPENDENTE DO GOVERNO SEJA DE ESQUERDA OU DIREITA .LEI E LEI . FAÇA O SEGUINTE MARIA LEVE ELES PRA CRIAR OU ENVADIR SEU QUINTAL.
26 de Nov / 2019 às 07h14
Esse tal de revoltado deve ser invasor. POLÍCIA Federal é estadual. Cumprem ordem. Valeu . Revoltado armen uma tenda no seu quintal e abrigue essas famílias
26 de Nov / 2019 às 07h37
Parabéns.... justiça feita.
26 de Nov / 2019 às 07h48
Um Governo psicopático donde prevalece a ira sob o pobre agricultor, que um dia teve o privilégio de ter sido governado por um Presidente carismático, humano , que tinha como lema, dá o pão a quem tinha fome e água a quem tinha sede. Infelizmente o País se tornou adepto de "Bestas Feras" que sentem prazer em ver às misérias dos menos agraciados.
26 de Nov / 2019 às 08h54
Invasão é crime...e nesse caso especialmente é crime contra a União Federal. Todo processo judiciário foi cumprido...não houve de forma alguma.... O que estão dizendo ai... E incrementando com falsos acontecimentos. ... A desigualdade social é uma outra história. ..não são os MSTs que vão dar exemplo de combate a desigualdade social...eles estão dando exemplo sim...de desordem...falta de respeito... aproveitadores de terras aleias. .. para servir aos mandantes. ..que investem neste tipo de situação para benefícios próprios. ..e não em prol da comunidade nem em prol do combate a desiguaidade.
26 de Nov / 2019 às 09h02
Aplicar os recursos com responsabilidade e honestidade...priorizando o bem social e atendendo cada vez mais as necessidades e aos anseios de uma sociedade que foi massacrada e enganada pelos interesses doutrinários de ações que se dizia democrática..... Esse é o caminho que o Brasil precisa... Respeito...justiça...honestidade para que ele seja digno de se viver... O que será de todos nós. ... Sem respeito .... Sem dignidade... E sem honestidade... Fora MSTs... Vá trabalhar com honestidade e dignidade...no cumprimento da lei... Igual as brasileiros que se respeitam....
26 de Nov / 2019 às 09h02
Parabéns aos órgãos empenhados nessa missão, que se cumprir a Lei e dever de todos!!!!
26 de Nov / 2019 às 10h07
Parabéns ao Governo Federal pela brilhante operação. A invasão do MST estava destruindo o projeto Salitre, transformou um projeto modelo em uma terra-sem-lei. O MST em conluio com empresários locais (ceboleiros) exploravam uma grande área, sem a menor preocupação com o meio ambiente. Desmataram muitas áreas de preservação ambiental do Projeto. Aquilo ali era um grande negócio para o Movimento, que se utiliza da miséria de muitas famílias para ganharem muito dinheiro. Um observador mais atento, podia ver com frequência as Hiluxs dentro do acampamento. Esse governo é a nossa grande esperança.
26 de Nov / 2019 às 10h13
É certo que o direito de propriedade é umas das principais garantias que o indivíduo espera do Estado. A propósito, a própria CRFB/88 dispõe em seu artigo 5º, XXII, que “é garantido o direito de propriedade” (BRASIL, 1988). No entanto, a CRFB/88 também estabelece no artigo 5º, XXIII, que “a propriedade atenderá a sua função social” (BRASIL 1988). Isso significa que para o indivíduo ter garantido o seu direito de propriedade, deverá observar os requisitos que a lei determina no que diz respeito ao cumprimento da função social da propriedade. Se a terra não produz então deixem que produzam nela
26 de Nov / 2019 às 10h34
Sr. Revoltado, estas terras foram invadidas, outras famílias estavam aguardando de forma legal a conquista da terra e ficaram sem ela por conta dos invasores. Que voltem para suas terras de origem e junto aos seus familiares recomecem a vida. O que não pode é passar a mão na cabeça do que é errado.
26 de Nov / 2019 às 13h17
Vão cobrar dos corruPTos as promessas de campanha. A Diocese pode ajudar, doando terras.
26 de Nov / 2019 às 15h34
hj quem estava nas terras era vigilantes da agrovale...essas terras era de agricultor ou da agrovale
27 de Nov / 2019 às 21h15
Parabéns!!! Reintegração de posse é o correto. Invasor tem que ser expulso mesmo!!!