Beija-flor tem papel importante contra perigos, como o mosquito transmissor da dengue

Quem vê o beija-flor com toda sua elegância entre as flores não imagina que, além de beleza, esse pequeno animal também tem um papel importante na natureza e, acima de tudo, no cenário que estamos enfrentando. Esse pássaro, além de deixar o jardim mais bonito ajuda, também, a combater alguns vilões, como o Aedes aegypti, mosquito que transmite doenças como a dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Para muita gente, os beija-flores só se alimentam de néctar. Porém, por ter um metabolismo muito acelerado, a ave precisa de outras proteínas, essas encontradas nos insetos. O pássaro come em média 2 mil mosquitos por dia, se tornando assim, um fator importante para o combate de mosquitos. A única incógnita era como atrair uma quantidade considerável de beija-flores para obter um resultado eficaz.

Foi a partir da observação de uma série de problemas no ecossistema de grandes cidades pelo mundo que o administrador regional do Lago Norte, Marcos Woortman, criou o projeto Rua Florida, no Viveiro do Lago Norte, com propósito de doar mudas e educar a comunidade a plantar tipos de vegetações que atraem beija-flores. “A grande verdade é que, a partir do momento que a gente tem um equilíbrio nas cidades, deixamos de ter uma série de problemas, entre eles surtos de doenças transmitidas por mosquitos”, comenta.

Apesar de o perigo ser de conhecimento público, ainda há muitas calhas, piscinas descobertas e poças de água que contribuem para a proliferação de mosquitos, e para acabar com este problema, é preciso incentivar a criação de locais para os predadores. A partir dessa necessidade, voluntários do Viveiro do Lago Norte decidiram juntar o projeto jardim dos polinizadores e o rua florida, ambos no viveiro da península, para ensinar a comunidade sobre as plantas que atraem beija-flores.

Hoje, o projeto auxilia a comunidade local sobre as plantas que mais atraem beija-flores e cerca de 30 espécies estão disponíveis para doação, sendo que cada pessoa pode levar até cinco mudas para casa.

Revista Natureza