QUAL É A MUSICA DO CARNAVAL?

Será mesmo que o "carnaval é invenção do diabo que Deus abençoou "? como dizia um frevo de Caetano Veloso nos anos 70 ( o diabo com d minúsculo no dia D) Ou ainda uma luta do "Santo Guerreiro contra o dragão da maldade " do mito da civilização atlântica " Glauber Rocha? "Deus e o Diabo na terra do Sol"! O bem e o mal no cortejo, no cordão umbilical do carnaval.

"Minha carne é de carnaval" tinha uma atmosfera romântica que podia terminar ou não, com um beijo de carmim e cinzas que durava o tempo do Sol nascer na quarta. O coração em profusão de saudade cheirando "loló" ""rodhoro" ,"colombina ", batia no "click " da paixão feita para acabar. Nós, os humanóides, "fomos feitos para acabar ".E o carnaval "acabou chorare" , cada ano a música fica pior! Música? Não existe mais música de carnaval no país do escambau" é lixo cultural pra todo lado é miséria musical idiossincrática. E o Castelo tenebroso da política suja em Brasília , e o poder judiciário anunciando o "juízo final " é tudo carnaval! Sem marchinhas do tempo de Getúlio, Juscelino e Jânio. Na ditadura o carnaval era " eu te amo meu Brasil, eu e  te amo" PQP!

Juazeiro Bahia do rio São Francisco não é diferente. Nunca ouvi tanta música ruim na rua.  Qual é mesmo o "single " do carnaval este ano?   
 Luiz Caldas, Mametto, Alan Cleber, Mirage, Rogério Leal, Amadores profissionais com Andrezza e Edesinho (o que pude ver) salvaram minha pele de lobo e me danei para a rua da 28, muitas bandas boas  por lá e o "bailinho de quinta " salvou meu carnaval. 

A imagem de uma agressão na rua é terrível, repugnante, tomara que não aconteça como aquela de uma turista sendo depenada por ladrões na praça Castro Alves em Salvador. Quase acabou o carnaval de lá na mídia nacional.

Espero que o fato  seja apurado, nada justifica tamanha violência. E eu até escrevi um texto elogiando o juazeirense, comandante geral da PM, coronel Anselmo Brandão por ser um cidadão de imensa responsabilidade e a PM da Bahia tem "expertise " em segurança de grandes eventos.

Juazeiro não é, nunca foi uma cidade violenta no carnaval (mesmo nos anos 60, quando um cara de Petrolina matou dois juazeirenses na rua da 28, na madrugada da quarta-feira de de cinzas ). 

Tem críticas, tem elogios e o carnaval sempre acontece.  

Não é fácil fazer carnaval, já fui coordenador de três, um muito elogiado o outro razoável e o terceiro foi o pior de Juazeiro em todos os tempos.

Maurício Dias

Por Maurício Dias (Mauriçola)