Petrolina apresenta crescimento de 47,9% nas exportações de uvas e a expectativa para 2018 é gerar mais emprego

Um dado animador para o setor produtor de uvas de Petrolina, cidade do Sertão do São Francisco, em Pernambuco: as exportações da fruta devem fechar o ano com um balanço comercial positivo. De acordo com os dados do Sindicato dos Produtores Rurais do município (SPR), as exportações da uva de mesa apresentam um crescimento de 47,9%, entre os meses de janeiro a outubro deste ano, comparado ao mesmo período de 2016. 

O estudo também apontou que a cidade enviou até o momento para o mercado externo 20,2 milhões que quilogramas de uva, o que corresponde a 71,35% das exportações da fruta no Brasil. Com a produção destinada para fora do País, este ano a grande demanda foi para os países europeus: Inglaterra, Irlanda, Dinamarca, Suécia e, sobretudo, Holanda e Alemanha.

“O ano passado foi produzido o mesmo volume de uvas deste ano, a diferença foi que em 2016 o aquecimento foi para a venda interna e agora o crescimento foi para comercialização para o mercado fora do Brasil. Até o momento, a avaliação para 2017 é positiva”, avaliou o presidente do SPR, Jailson Lira, complementando que são uvas 100% sem sementes, das cores branca e vermelha.

Até outubro, foi conferido um movimento de U$ 42,5 milhões comercializados da fruta, com preços estáveis. “O Peru, que é um país concorrente de grande produção de uva, teve uma quebra significativa no volume da safra devido a condições climáticas. Nossos produtores se animaram, já que teve um mercado mais aberto e com menor concorrência. Isso nos ajudou bastante”, explicou Lira, acrescentando que o dinheiro circulou no mercado e o resultado foi bom para Petrolina, o maior produtor e exportador da fruta do País. 

Mesmo com a crise hídrica para abastecimento da produção na região, com a interrupção da água na barragem do Sobradinho, a Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport) aponta o ano de 2017 como um crescimento para o setor. “Não houve pragas nas uvas, nem grandes problemas climáticos. Além disso, o mercado se apresentou receptivo para novas produções da fruta”, destacou o presidente da Valexport, José Gualberto de Almeida.

Para 2018, Lira espera uma condição econômica mais estável para manter o crescimento. “O setor tem a perspectiva de maior oferta de emprego para o próximo ano”, finalizou. Hoje, a cultura de uva em Petrolina emprega 11783 pessoas.

Valexport