Produção de romã, pera e caqui no vale do São Francisco é motivo de otimismo para pesquisadores

Romã, pera, caqui, lichia, rambutã. Frutas típicas de clima temperado continuam sendo testado, com sucesso, no Vale do São Francisco. A pesquisa iniciada há 7 anos em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Embrapa seguem provocando otimismo aos pesquisadores.

Em áreas de cultivo experimental localizadas em Petrolina e em unidades de observação mantidas em diferentes pontos do Vale, a Embrapa Semiárido tem realizado pesquisas voltadas para a identificação das melhores técnicas de manejo e adaptação de culturas de maçã, pera, caqui e romã, dentre outras, às especificidades da região. Os estudos são financiados pela Codevasf.

Pesquisas já demonstraram a viabilidade técnica da produção de maçãs, peras e caquis no Vale do São Francisco. De acordo com Paulo Roberto Coelho Lopes, coordenador do projeto na Embrapa Semiárido, o cultivo de maçãs alcançou produtividade. 

“As macieiras com as quais obtivemos produção média de 40 toneladas por hectare. No Sul do país, plantas com essa idade produzem entre 12 e 15 toneladas por hectare no ano, em média”, compara Lopes, que atribui os bons resultados das macieiras implantadas no semiárido ao trabalho de adaptação conduzido pela Embrapa Semiárido com o apoio da Codevasf.

As áreas experimentais de cultivo de pera mantidas pela Embrapa Semiárido no perímetro irrigado Bebedouro, em Petrolina, apresentaram produção média de 60 toneladas por hectare ao ano.  A produção de caqui em áreas irrigadas do semiárido também tem se mostrado tecnicamente possível. Caquizeiros com três anos de idade estão produzindo dez toneladas por hectare ao ano, enquanto em outras áreas do país as plantas começam a apresentar bons resultados de produção apenas por volta do oitavo ano de vida.

Codevasf Foto: Ney Vital