Pronaf faz a diferença na produção de bananas na Bahia

Um dos símbolos da identidade brasileira, a banana é um alimento que representa muito bem a riqueza da nossa agricultura familiar. Tema de músicas e filmes, a fruta é um dos alimentos mais consumidos por habitantes que vivem nos quatro cantos do país. Altamente nutritiva e fornecedora de energia, a banana é plantada em diferentes regiões brasileiras, porém é no estado da Bahia que tal produção se destaca. As lavouras de banana no estado representam 21% da produção nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Na última safra (2016/2017), os agricultores familiares baianos foram os que mais acessaram financiamentos nas operações de crédito rural para investimento em bananas, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os dados da Matriz de Dados do Crédito Rural (MCR), na linha de investimento, indicam um aumento de 90% no número de contratos do Pronaf e de 52% no valor dos financiamentos em relação à safra anterior. 

Em uma imensidão de área verde, com mais de 8 mil hectares de plantação de bananas dos tipos prata e nanica, Bom Jesus da Lapa, no semiárido da Bahia, é considerado hoje, o maior município produtor de bananas do país. Todo ano saem de lá em torno de 170 mil toneladas por meio do Projeto Formoso, perímetro irrigado construído pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). 

Clima quente e muita água são os principais fatores que influenciam na plantação da banana, de acordo com Antônio Márcio Rodrigues, presidente do conselho administrativo do Distrito de Irrigação. Ele explica que a temperatura de 38º do estado é fundamental no sucesso do plantio e que 70% da área é irrigada com água do Rio Corrente, afluente do São Francisco, através de microaspersão e pulverização (que reduz o uso da água). 

Em tempos de racionamento, Antônio explica que estão sendo pensadas novas estratégias nesse sentido. “A irrigação é feita duas vezes por dia e temos dois bombeamentos que distribuem água nos canais para não haver desperdício. Já estamos pensando em usar, por exemplo, gotejamentos como uma das formas de racionar o uso da água em todas as plantações”, explica. 

Ascom-MDA-Marilia Fidelis