HDM e UPAE aderem à Semana Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

Durante uma semana o Brasil inteiro realiza a Semana Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, cujo Dia D acontece em 30 de agosto. A data foi celebrada a primeira vez em 2006 e é fruto de muito trabalho da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) que busca, através dessa campanha, uma visibilidade nacional sobre o tema, com foco nos desafios enfrentados pelos pacientes no dia a dia. Ciente do seu papel também na prevenção e educação em saúde, o Hospital Dom Malan e a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada, ambos geridos pelo IMIP em Petrolina, trazem informações importantes sobre o assunto para a população.

Para começar, o coordenador médico da UPAE, Elson Marques, explica que a Esclerose Múltipla (EM) é uma das doenças neurológicas mais comuns em adultos jovens, com incidência maior na faixa etária de 15 à 50 anos de idade. “De forma simples, podemos dizer que trata-se de uma doença crônica autoimune que contribui para uma deficiência neurológica e, a longo prazo, para a invalidez. A Esclerose Múltipla não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas, como por fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga”, esclarece.

O diagnóstico da Esclerose Múltipla é feito através da história clínica detalhada, associada ao exame clínico e neurológico completos, confirmados pelos exames laboratoriais complementares. Não se sabe exatamente a causa da EM, mas já existem diversos tratamentos eficazes para a doença, que buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente. Os medicamentos utilizados na Esclerose Múltipla devem ser indicados pelo médico neurologista que vai analisar caso a caso.

Vale ressaltar que a EM não é uma doença mental, não é contagiosa, não é suscetível de prevenção e pode atingir crianças e adolescentes. Pesquisas internacionais mostram que quase 5% dos pacientes diagnosticados com Esclerose Múltipla são menores de 16 anos quando os primeiros sintomas surgem. “Nas crianças ela pode ser mais complexa e prejudicial. Quanto mais cedo a doença aparece, pior, pois ela pode evoluir com sequelas maiores. Os sintomas mais comuns são vômitos, dores de cabeça, apatia e convulsões, que são mais frequentes nos pequenos do que em adultos. Por isso, é importante os pais ficarem atentos”, destaca a diretora de atenção à saúde do HDM, Tatiana Cerqueira.

A boa notícia é que o SUS está prestes a oferecer um medicamento para pacientes diagnosticados com esclerose múltipla, a teriflunomida, que ajuda a reduzir os surtos e a progressão da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, o remédio é o primeiro medicamento na linha de cuidado, por via oral. O anúncio foi feito em maio com previsão para disponibilização nas unidades de saúde de todo o país em até seis meses. A novidade deve atender a cerca de 12 mil pacientes que já são tratados na rede pública, além dos novos casos.

Atualmente, o SUS oferece seis medicamentos para o tratamento da doença. Além disso, o sistema público tem 277 hospitais habilitados como Unidade de Assistência ou Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia em todo o país. Mais informações na Rede SUS ou pelo site http://abem.org.br/

Ascom