Artistas circenses de Juazeiro trocam experiências com a produção do Marcos Frota Circo Show

Na última sexta-feira, 07, a Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes realizou encontro de artistas do Circo Benjamin Chaves, do Núcleo de Arte e Educação Nego D’água (Naenda) com o Marcos Frota Circo Show no Juá Garden, que está em Juazeiro desde o dia 30 de junho e ainda não tem previsão de partida.

“Levamos o grupo do circo Benjamim Chaves, do Naenda, para uma troca de experiências na vida do circo. O Naenda tem dois anos de circo montado e participaram de um bate papo com o produtor executivo do Circo Marcos Frota, que tem 30 anos de experiência no assunto. Eles falaram muito sobre a atuação do palhaço, do respeito ao público, à família, à criança”, conta Josinaldo Cícero, superintendente de eventos.

O coordenador do Naenda, Adegivaldo Mota, disse que essa troca de experiência foi importante para perceber melhor o mundo do circo. “Nosso circo é muito pequeno, então fomos conhecer a logística, a gestão de um circo grande. O que mais me surpreendeu foi que o circo deles inova no todo, mas mantém a tradição do circo brasileiro. Pude perceber a diferença de outros circos, pois no Marcos Frota Circo não há sensualidade da figura das meninas, coisa que a gente vê naturalmente nos circos comuns. Eles trabalham com uma linha educativa, sem apelação, sem a valorização da estética. O espetáculo é que é valorizado”, disse.

André Felipe, produtor executivo do Marcos Frota Circo Show, gostou do encontro com o Circo Benjamin Chaves e parabenizou a SECULTE. “É importante essa preocupação de dar o retorno à comunidade e gostamos de ter participado. Além disso, pudemos passar que você pode permanecer o palhaço tradicional, mesmo com uma produção mais atualizada, uma luz mais moderna. Você não pode deixar de ser o tradicional, mas não pode ficar para trás, é preciso buscar formas de inovação.”, fala André.

“Nós temos uma forma diferente de fazer circo para poder manter a sobrevivência, que é com espetáculos voltados para a escola, firmando parcerias com a secretaria de educação ou vendendo ingressos para a escola. Agradecemos à Secretaria de Cultura pela sensibilidade em promover esse encontro e nos dar a oportunidade de viver essa experiência, que enriqueceu muito nosso conhecimento”, conclui Adegivaldo.

Por Ramáiana Leal/SECULTE