Salvador é única capital do país que não reduz investimento no Réveillon

O Réveillon de Salvador é o único entre as capitais do Brasil que conseguiu manter o patamar de investimento mesmo diante que da crise econômica que atinge o país. E mais: ampliando o número de atrações. Isso graças à parceria com a iniciativa privada. Este ano, os patrocinadores oficiais da festa são Skol, Bradesco e Avatim. Em números atualizados, o Réveillon de Salvador vai custar R$9 milhões, sendo 40% de recursos públicos, destinados aos serviços públicos como limpeza, saúde, mobilidade urbana, segurança e ordenamento,  e 60% privados. Além disso, a cidade vai lucrar com a festa, vide a ocupação hoteleira, cuja taxa deverá ser superior a 95%.  

O prefeito ACM Neto explicou o que motivou Salvador a seguir na contramão da crise. "É um Réveillon histórico para a cidade. Serão mais de R$400 milhões de incremento na economia. Conseguimos manter o mesmo investimento realizado no ano passado, porém com a contratação de mais atrações. A Prefeitura se preocupou em não ampliar os custos e garantir de que este fosse o maior Réveillon musical do país", afirmou o gestor. 

Em outras capitais, houve retração nos investimentos para as festas públicas de virada de ano. A Prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou redução de 16 minutos para 12 minutos da tradicional queima de fogos na praia de Copacabana. Os recursos aplicados são de R$5 milhões, sendo parte deles custeado pela administração local. Em São Paulo, a virada na Avenida Paulista só obteve R$1 milhão de investimento privado e o tamanho do palco teve que ser reduzido. Em Recife, os festejos de fim de ano, incluindo o Réveillon na praia de Boa Viagem, tiveram apenas R$2,9 milhões de investimento, contra R$8,8 milhões em 2015. Outras cidades como Florianópolis, Brasília e Vitória e Belém, por exemplo, também reduziram os custos com as festas para a chegada do novo ano.

"Encaramos a festa não como despesa, mas como investimento e, não é à toa, Salvador foi considerado, ao lado do Rio de Janeiro, o destino mais procurado para a virada de ano no Brasil. O Réveillon gera emprego e dinamiza a economia em nossa cidade e a parceria com a iniciativa privada é fundamental, como tem sido também no Carnaval, bancado pelos nossos patrocinadores", lembrou ACM Neto. 

Saindo na frente - A estratégia adotada pela administração municipal este ano foi, literalmente, sair na frente das demais capitais brasileiras. A divulgação do evento foi iniciada em junho deste ano, possibilitando que o destino Salvador no fim de ano fosse trabalhado pelo trade turístico cinco meses antes da realização da festa.  A captação de recursos da inciativa privada foi a maior do país: R$5,4 milhões, que possibilitou o aumento da grade artística de cinco para seis atrações por dia e, claro, maior número de horas do evento. 

Até o momento, os números gerados pelo Réveillon Salvador 2017, que começa nesta quarta-feira (28) e segue até 1º de janeiro na Praça Cairu, superam as expectativas em relação ao mesmo período de 2015: ocupação da rede hoteleira deverá ultrapassar 95% dos leitos, mais de 300 artistas e 2,3 mil colaboradores envolvidos. O público estimado é de 1,5 milhão de pessoas em todos os dias do evento.

Agecom/Salvador