Manifestações pró-Lava Jato reúnem milhares pelo país

Maiores concentrações de pessoas, até o momento, estão reunidas em Copacabana, no Rio, em Brasília, em Belém e em Belo Horizonte

Organizado pela internet pelo movimento Vem Pra Rua, os protestos realizados em diversas cidades do Brasil, neste domingo (4), já reúnem milhares de pessoas contra a corrupção e a favor da Lava Jato. Segundo o G1, as maiores concentrações de pessoas, até o momento, estão reunidas em Copacabana, no Rio, em Brasília, em Belém, em Belo Horizonte, entre outros locais.

Uma ameaça de chuva já dispersa manifestantes que estão em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Com a faixa "je suis Moro" - eu sou Moro, em francês -, um carro de som leva uma multidão em Copacabana.

Polêmica

De acordo com publicação da BBC, a presença de militantes de esquerda nos protestos balançou a aliança entre o organizador do evento e o Movimento Brasil Livre (MBL). O Vem Pra Rua, em seu evento no Facebook, convocou todos que defendem a Lava Jato e a aprovação do projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção proposto pelo Ministério Público Federal a participar das manifestações, o que causou repúdio por parte do MBL.

"Quer dizer que gente que saiu às ruas pedindo a saída de Dilma Rousseff, defendeu a Lava Jato até aqui, agora está topando conversar com a extrema esquerda para eventualmente defender um Fora Temer. Como assim?", questionou Renan Santos, do MBL, em vídeo publicado no Facebook.

O líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, também pelas redes sociais, se explicou: "O Vem Pra Rua não é a favor de Fora Temer. Nós não temos nenhum interesse de tirar o Temer do poder". Em entrevista à BBC Brasil, Chequer disse que não pode controlar quem participa de seus atos. Espero que pessoas desalinhadas não se interessem em vir."

Para Chequer, o governo do presidente Michel Temer tem "intenções extremamente positivas para o Brasil". "A aprovação da PEC do teto é uma delas. Um ajuste inevitável, goste ou não, mesmo as pessoas que serão de alguma forma afetadas e devem ser protegidas por um plano de transição. Ninguém vai ter direitos se essa reforma não for feita porque o Estado vai quebrar antes", completou. (Com informações de vários sites G1, BBC, Terra e NMB)