Pediatra do HDM/IMIP fala sobre principais cuidados com crianças que engolem objetos pequenos

Um dos principais cuidados que os pais devem ter durante a infância dos filhos é a deglutição de objetos estranhos. Moedas, bola de gude, presilhas e bateria podem causar sufocamento, infecções e até perfuração do sistema gastrointestinal é o que alerta o pediatra do Hospital Dom Malan/IMIP, em Petrolina (PE), Allan Alves de Freitas.

O médico diz o que os pais ou responsáveis devem fazer ao perceber que a criança engoliu um corpo estranho. “É a fase oral da criança, todas elas colocam muitos objetos na boca, é natural e muito comum. Para evitar isso, os brinquedos devem ter atenção redobrada quanto a pequenas partes”, lembra.

Caso aconteça é necessário “ir para o hospital mais próximo para reavaliação médica. Se estiver de fácil acesso na cavidade oral os pais podem tentar retirar o objeto antes que seja deglutido ou aspirado. Em caso de engasgo, evitar sacudir a criança”, pontua Allan Alves de Freitas.

Os pais também podem perceber alguns sintomas ou comportamento que possam indicar que a criança engoliu algum objeto. “Em geral a cianose (cor roxa na pele), falta de ar e saliva excessiva podem indicar a deglutição de corpo estranho”, chama a atenção o pediatra.

Sobre os prejuízo que podem ser causados à saúde da crianças, Allan Alves de Freitas ressalta que “na maioria dos casos, que são as moedas, não existem grandes males e o acompanhamento é necessário até a própria criança expelir o objeto. Caso o objeto seja uma bateria ou pontiagudo, deve ser retirado para não ocorrer perfuração do sistema gastrointestinal”, alerta.

Os exames mais utilizados para este tipo de emergência é o Raio x. “Após descobrir qual tipo de objeto estranho, se o mesmo for radiopaco solicitamos um raio x. O ultrassom não é um exame de rotina para avaliação de objetos estranhos”, aponta.

No caso das moedas, fazemos a cada 48h o acompanhamento pela radiografia até que a moeda saia. Pilhas devem ser retiradas devido ao perigo de vazar líquido da bateria apesar de não terem pontas agudas que possam lesionar o intestino”, complementa o pediatra.

O médico também assegura que para retirada do objeto a cirurgia é utilizada em casos extremos. “A retirada pode ser realizada via endoscopia. A cirurgia em último caso. Não é necessário medicação laxante, os objetos saem sem a necessidade de laxantes”, finaliza.

ASCOM