Ginecologista do HDM/IMIP fala sobre doença rara durante a gestação: o Infarto Agudo do Miocárdio

Profissionais da área de ginecologia e obstetrícia do Hospital Dom Malan/IMIP, em Petrolina (PE), participaram de mais uma edição da Reunião Clínica promovida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), através da Escola Paulista de Medicina. Na ocasião, foi discutido, via teleconferência, o tema “Infarto Agudo do Miocárdio no Ciclo Gravídico Puerperal”.

Segundo o ginecologista e obstetra do HDM, Marcelo Marques, o Infarto Agudo do Miocárdio na gestação tem semelhança com o que ocorre fora desse período. “Apresenta dor torácica que pode irradiar para membros superiores ou para região do pescoço e maxilar. Podem estar associados náuseas, vômitos, fadiga e dificuldade de respirar”, explica.

O médico também destaca que o tratamento do infarto do miocárdio tem como objetivo reduzir a lesão do tecido afetado, cicatrização da área necrosada, preservar a integridade de tecido miocárdio normal e evitar complicações fatais como, por exemplo, choque cardiogênico e arritmias.

Sobre a prevenção da doença, Marcelo Marques, diz que o infarto do miocárdio de origem na doença aterosclerótica pode ser prevenido com mudanças de atitudes e hábitos de vida. “A dieta passou a ser a preocupação primordial no combate à doença, controlando-se a ingestão de colesterol e triglicérides. Caso os níveis estejam elevados, pode-se iniciar um tratamento com dieta e atividades físicas supervisionadas, ou mesmo com o uso de drogas que ajudam a baixar a concentração desses elementos no sangue, principalmente naquelas pessoas com hipercolesterolemia familiar citadas anteriormente”, pontua.

O infarto do miocárdio é evento raro na gestação. Os raros casos que são relatados, reportam dificuldades diagnósticas por especificidades do período gravídico e puerperal. “As desordens hipertensivas e o diabetes podem estar associados como fatores de risco importantes em pacientes acometidas por infarto na gravidez. A assistência interdisciplinar é essencial assim como a monitoração em unidade de terapia intensiva para a melhor assistência ao binômio materno-fetal. Os casos devem ser individualizados e inicialmente o objetivo é a estabilização do quadro materno, que com o êxito, leva por consequência ao bem estar fetal, finaliza Marcelo Marques.

Reunião Clínica

A teleconferência é coordenada pelo Departamento de Obstetrícia da UNIFESP. A iniciativa tem como objetivo a troca de experiências, atualizações e saberes entre instituições e professores renomados no tema.

Ascom HDM