Secretaria da Saúde de Juazeiro e Núcleo Regional de Saúde do Norte investigam oito casos suspeitos de microcefalia em Juazeiro

Com o objetivo de traçar metas para diagnóstico e assistência à saúde nos casos de bebês nascidos com microcefalia, a equipe da Secretaria Municipal da Saúde e o Núcleo Regional de Saúde do Norte‏ se reuniram na tarde da última terça-feira (23), na 15ª Diretoria Regional de Saúde (Dires) em Juazeiro para discutir a linha de cuidado para as crianças nascidas com microcefalia, assim como o fluxo e o protocolo assistencial.

A reunião foi conduzida pela coordenadora do Núcleo Regional de Saúde do Norte, Lizandra Amin, e teve a participação de representantes da Maternidade Municipal de Juazeiro, da Vigilância, Educação Permanente, Centro de Prevenção, Reabilitação e Inclusão Social (Cerpris), Regulação e gestores da Secretaria Municipal de Saúde.

A Superintendente da Atenção Integral a Saúde, Tatiane Malta destacou que toda equipe da saúde está empenhada para garantir o acesso e a assistência a essas crianças na rede municipal de Saúde. "É um momento importante para que os trabalhos sejam unificados, os encaminhamentos sejam mais dinâmicos e a assistência seja garantida. Em rede, já temos um protocolo de atendimento e acompanhamento das gestantes que apresentem ou que já tenham recebido algum diagnóstico durante os exames e a ultrassonografia de microcefalia. Alinhamos esse atendimento durante a reunião com a Atenção Básica, Vigilância e Especializada", disse Malta.

A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

No momento, são investigados pelo setor de vigilância Epidemiológica do município, 08 casos de microcefalia em bebês que nasceram na Maternidade Municipal de Juazeiro. Segundo a secretaria, ainda não há qualquer confirmação de que estes casos estejam relacionados com o zika vírus. No entanto, os bebês estão sob acompanhamento médico em razão da necessidade de confirmação da possível causa do quadro de microcefalia, cuja principal característica é o tamanho do crânio inferior ao tamanho considerado normal, que habitualmente é superior a 32 cm.

A porta de entrada para o atendimento das gestantes continua sendo realizado por meio da Atenção Básica, nas Unidades de Saúde da Família (USF). Serão realizados os exames específicos e acompanhamento do pré-natal como parte do programa Rede Cegonha.

Ascom/Juazeiro