Preocupados com repercussão, pais de Beatriz falam ao blog: "Não compactuamos com nenhum ataque ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora". Veja na íntegra

A família de Beatriz Angélica Mota aqui representada por Sandro Romilton Ferreira da Silva e Maria Lúcia Mota da Silva, seus pais, vem através desta nota se posicionar a respeito do cunho político e religioso de alguns comentários veiculados pelos meios de comunicação e pelas redes sociais.

1 – Não compactuamos com nenhum ataque a Instituição “Colégio Nossa Senhora Auxiliadora”, pois reconhecemos o seu valor e a sua importância para as cidades de Petrolina/PE e Juazeiro/BA na educação das suas crianças, adolescentes e jovens. Temos a perfeita consciência que as falhas que existiram na segurança do evento, onde nossa amada filha foi covarde e brutalmente assassinada, são humanas, e que as responsabilidades dos envolvidos serão apuradas pelo órgão competente, sendo esse um desejo da família e, certamente, da Instituição. O que pleiteamos, apenas, foi o engajamento da Instituição na luta para se descobrir o(s) culpado(s) e cobrar celeridade aos poderes constituídos. Desta forma, nenhum ataque a imagem da instituição de ensino “Colégio Nossa Senhora Auxiliadora” partiu ou partirá de nosso núcleo familiar;

2 – O nosso núcleo familiar também não compactua com qualquer posição político/partidária de caráter ideológico, quanto à atuação da Polícia Civil de Pernambuco. O que foi dito no pronunciamento da última manifestação, dia 11 de fevereiro de 2016, foi apenas uma constatação das condições de trabalho dos policiais envolvidos no caso. Por isso mesmo, a família fez questão de destacar o empenho demonstrado para a solução do caso por parte do Delegado Dr. Marceone e de sua equipe de policiais. Portanto, qualquer pronunciamento com cunho político/partidário não partiu ou partirá da nossa família;

3 - Por fim, também não compactuamos com nenhuma mensagem que gere conflitos entre as religiões. Como toda família brasileira, a nossa família é composta por católicos e evangélicos, pautada sempre pela convivência respeitosa e pacífica. Por isso, queremos deixar bem claro que não partiu ou partirá do nosso núcleo familiar qualquer mensagem com intuito de atacar a Igreja Católica, muito pelo contrário, clamamos pelo seu apoio, bem como das Igrejas Evangélicas.

A nossa amada filha, apesar da pouca idade, nos deixou um grande legado de amor e de perdão, por isso a nossa luta é contra a injustiça e tem que ser uma luta também de toda a sociedade petrolinense e juazeirense, das instituições de ensino, das religiões e dos órgãos governamentais.

Petrolina, 16 de fevereiro de 2016.

Sandro Romilton Ferreira da Silva e Maria Lúcia Mota da Silva