Veículo da capital repercute prisão de padre acusado de estupro de vulnerável, em Juazeiro; diocese se pronuncia

 

A notícia da prisão de um padre acusado de estupro de vulnerável, em Juazeiro, divulgada na manhã desta terça-feira (20), segue repercutindo nos veículos da capital baiana. Parceiro da Rede GN, o Bahia Notícias também citou o caso. 

Ainda pela manhã, a Diocese de Juazeiro antecipou que uma nota seria enviada à imprensa na tarde de hoje. Confira a nota enviada em nome da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas) sobre a prisão do Padre Antônio Desidério.

NOTA DE ESCLARECIMENTO EM NOME DA CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR (MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS EM SALVADOR/BA)


Em nome da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), presentes em Salvador/BA, informamos da prisão preventiva de um de nossos confrades, o sacerdote Antônio Deziderio Frabetti Vieira, conhecido como Pe. Toninho, em decorrência de uma acusação, ainda em fase de inquérito policial, portanto sob a égide da presunção de inocência, garantida pelo artigo 5°, inciso LVII da Constituição Federal, segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.


Vimos, por conseguinte, em nome da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), por meio desta, afirmar:


Nosso apoio integral e incondicional às vítimas, em consonância com as orientações emanadas da Igreja e do seu Sumo Pontífice, o Papa Francisco, mormente aquelas contidas na Carta Apostólica Sob Forma de "Motu Proprio" Sobre A Proteção dos Menores E das Pessoas Vulneráveis, de 26/03/2019, que estabelecem os seguintes princípios, a nortear a conduta dos religiosos, in verbis:


“A tutela dos menores e das pessoas vulneráveis faz parte integrante da mensagem evangélica que a Igreja e todos os seus membros são chamados a espalhar pelo mundo. De facto, o próprio Cristo confiou-nos o cuidado e a proteção dos mais pequeninos e indefesos: «Quem receber um menino como este, em meu nome, é a mim que recebe» (Mt 18, 5).


 [Deseja], pois, reforçar ainda mais o ordenamento institucional e normativo para prevenir e contrastar os abusos contra os menores e as pessoas vulneráveis a fim de que [...]:


— se reconheça a quantos afirmam ter sido vítimas de exploração, abuso sexual ou maus-tratos, e também aos seus familiares, o direito a ser recebidos, ouvidos e acompanhados;


— se ofereça às vítimas e às suas famílias um cuidado pastoral apropriado e também um adequado apoio espiritual, médico, psicológico e legal (...)”


Ao mesmo tempo, afirmamos nosso suporte e acompanhamento fraternal a nosso confrade, nos termos do mesmo “Motu Proprio” do Papa Francisco, acima citado, para que “se garanta aos arguidos o direito a um processo équo e imparcial, no respeito pela presunção de inocência e também pelos princípios de legalidade e proporcionalidade entre o delito e a pena”.


Declaramos estar à disposição das autoridades para prestar auxílio ou esclarecimento dos fatos, dentro das nossas possibilidades.


Salvador, 20 de fevereiro de 2024.

Na tarde desta terça-feira, a Diocese de Juazeiro também encaminhou uma nota sobre o caso. Confira a nota Diocesana.

 

Redação RedeGN