Bebela: Juazeiro perde seu maior legado em história, cultura e folclore. Saiba mais

Foto Roni Figueredo

Juazeiro perdeu, neste sábado (9), aos 94 anos, a dias de completar 95, sua maior referência quando se fala em história: Maria Izabel Figueredo, ou simplesmente Bebela, como era carinhosamente conhecida. 

Bebela se notabilizou ao longo de décadas como a uma grande contadora de histórias, com uma vida dedicada a manutenção das tradições culturais, folclóricas, como defensora da cultura ribeirinha e das artes no Vale do São Francisco.

Nascida em 1928, completaria no próximo dia 19 os seus 95 anos, filha de Filha de Francisco Evaristo Caboclo Figueiredo e Edelvita Muniz Figueiredo, Bebela foi Secretária de Educação e Cultura dos ex-prefeitos Joca de Souza Oliveira e Américo Tanuri; Coordenadora de Cultura no Governo de Joseph Bandeira e Técnica Cultural na gestão de Rivadávio Espínola Ramos.

Como educadora atuou como professora de língua e literatura Inglesa, em metodologia de ensino superior pela Universidade Federal do Pernambuco-UFPE, foi vice-diretora do Colégio Estadual Ruy Barbosa, Diretora Geral do Colégio Lomanto Junior, também atuou como professora dos Colégios Edson Ribeiro, EMAAF e Dom Bosco, em Petrolina.

Nas artes se destacou como atriz, fundadora e regente do Coral Edilberto Trigueiros, Fundadora do Grupo de Teatro Juá; Regente do Coral Municipal, Coral do Colégio Estadual Lomanto Junior e Fundadora do Folk danças Juá, sendo ainda membro da Academia Juazeirense de Letras; sócia da Associação dos professores de Música da Bahia; membro da  Sociedade dos Amigos da Marinha do Brasil e da ABI-Associação Baiana de Imprensa. Como radialista Bebela apresentou por longos anos os programas “Juazeiro Acontece” e “Juazeiro Espiral no Tempo”, na Rádio Juazeiro.

Este ano, já aos 94 anos, participou de um filme produzido pela Macambira Entretenimento, chamado “Nego D’água, quando revelou a satisfação em continuar produzindo histórias: “Me sinto realizada com o projeto. Esse filme será um grande sucesso, pois traz a tona os mistérios e as lendas do nosso saudoso rio. Histórias que nem todo mundo contou, mas que serão reconhecidas por todos. Na minha juventude, tive a emoção de ver o Nego D’água enquanto banhava. Eu não sabia se corria ou se ficava, mas foi uma experiência surpreendente!”, disse.

Bebela deixa dois filhos e netos.

Ainda não temos informações precisas sobre velório e sepultamento.

A redeGN, que ao longo da sua existência prestou muitas homenagens à historiadora, hoje se solidariza se solidariza com amigos e familiares de Bebela.

Da redação redeGN/ Forro Roni Figueredo