Bahia aposta alto na montadora chinesa para virar página da Ford

São altas as expectativas em torno dos impactos positivos que deverão ser gerados pela montadora chinesa BYD na Bahia e, particularmente em Camaçari, considerando o rastro de destruição deixado pela saída da Ford na economia e mercado de trabalho. É uma página que empresários, profissionais desempregados, especialistas e governantes querem virar.

Os números sobre os estragos deixados pela marcha a ré da Ford são superlativos. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que 50 mil pessoas perderam o emprego em toda a cadeia produtiva da montadora, incluindo os fornecedores de alimentação, transporte para os empregados, vigilância patrimonial e outros serviços. São 15 mil desempregados oriundos apenas da linha de produção.

Já a prefeitura de Camaçari estima que R$ 20 milhões por mês saíram de circulação da economia municipal, considerando somente os salários de empregados diretos da montadora e sistemistas.

É essa história que entidades empresariais do estado, lideranças dos trabalhadores, economistas e poder público querem superar com a chegada da BYD. A previsão é que o parque da montadora no Brasil comece a operar no segundo semestre de 2024.

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