Condenado por caso da bomba em aeroporto de Brasília fica em silêncio na CPMI e é chamado de “verme” por Arthur Maia

Por ter comparecido à CPMI na condição de investigado, e não como testemunha, George Washington, condenado por participar de um plano para explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro, ficou em silêncio e não respondeu as perguntas dos membros da comissão.

O depoente, que falou após os policiais do Distrito Federal que desvendaram a trama, obteve habeas corpus e obteve o direito de ficar calado. 

O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), ao justificar o motivo do depoente estar na condição de investigado, lamentou que a comissão não tenha meios para obrigá-lo a falar. O deputado, entretanto, fez dura admoestação a George Washington, chamando-o de “criminoso vil”. 

“O silêncio do investigado traz uma decepção generalizada para o Brasil, que gostaria muito de saber o que leva uma pessoa se dirigir a um aeroporto da capital e por uma motivação banal, por mais que seja importante o resultado de uma eleição, tenta cometer um crime hediondo contra pessoas inocentes, contra famílias, contra homens e mulheres de bem, que não é aquele a quem senhor eventualmente diz ter um ódio direcionado. Você tentou covardemente, criminosamente, de maneira desumana, ceifar a vida de dezenas ou centenas de brasileiros. Sabemos que essa conduta odiosa, vil, covarde, vergonhosa para nossos país, o senhor realizou porque é próprio de pessoas com o senhor agir dessa maneira canhestra, escondida, falsa, como justamente os vermes se escondem no esgoto”, disse o deputado, falando diretamente ao investigado. 

George Washington de Oliveira Sousa foi condenado a nove anos e quatro meses pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, no caso da tentativa da tentativa de atentado a bomba em Brasília. George Washington, preso em flagrante pela Polícia Civil do Distrito Federal, também foi condenado por “porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo ou incendiário”.

Após ler um despacho do STF após solicitação de habeas corpus, o presidente da comissão, Arthur Maia, disse que o depoente teria o direito de ficar calado em perguntas que o incriminam, mas não em todas as perguntas. 

Em uma das poucas respostas que deu às perguntas que lhe foram feitas, George Washington disse que os fatos do dia 24 de dezembro, com a tentativa de explodir uma bomba no aeroporto, não possuem relação com o vandalismo que aconteceu em Brasília no dia 8 de janeiro. 

Bahia Notícias | Foto: Reprodução