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O sol, o símbolo da esperança de um novo dia, raiou nesta quarta-feira (15) de abri, por volta das cinco horas e vinte minutos. Porém durante a madrugada, na penúria das portas dos hospitais a reportagem da REDEGN conversou com homens e mulheres em busca da única maneira que encontram: a fé de dias melhores na rede pública de saúde e atendimento digno.
É um caos. Espera e frustração. Têm sido essas as palavras que mais caracterizam a rotina dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em busca de marcação de exames e consultas médicas. A dificuldade para ter acesso à saúde pública envolve denúncias de longos períodos na fila de marcação e meses de espera até o dia da consulta. Veja aqui Caos na saúde de Juazeiro, Petrolina, Vale do São Francisco e cidades da região norte: "A tendência é piorar ainda mais
Essa semana a situação se tornou mais crítica. Hospital Dom Malan foi foco de denúncias de falta de médicos. E o Hospital Universitário-UNIVASF-através de nota afirma que o hospital está com superlotação e a "situação ganha maior gravidade, dada a deficiência importante no nosso quadro de neurocirurgiões, com a equipe já reduzida e escala comprometida".
CONFIRA NOTA À IMPRENSA
Como é de conhecimento de toda a comunidade, o Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf/EBSERH), referência para alta e média complexidade em áreas como neurocirurgia, traumato-ortopedia e cirurgia vascular, com importância significativa para a Rede Interestadual de Saúde (Rede PEBA), com 53 municípios e mais de 2 milhões de habitantes, enfrenta um histórico, nos últimos anos, de superlotação e manutenção de ocupação sempre superior à sua capacidade máxima.
A despeito desta situação que vem sendo persistente, temos a cada ano aumentado o número de atendimentos das diversas especialidades que compõe o hospital, especialmente com sobrecarga constante em nossa sala de urgências e emergências.
É uma situação crítica que pode comprometer o atendimento aos pacientes já internados e que dificulta sobremaneira o cuidado de novos casos enquanto perdura a atual situação. Para conhecimento, por exemplo, no dia 19 de abril de 2023 manteve-se uma ocupação hospitalar acima da faixa de 140%.
A situação ganha maior gravidade, dada a deficiência importante no nosso quadro de neurocirurgiões, com a equipe já reduzida e escala comprometida.
Ao tempo que lamentamos enfrentar tal situação, reforçamos o trabalho incansável que toda a equipe de profissionais e gestores tem encarado para que esta situação possa ser amenizada no menor tempo possível.
Esforços têm sido empreendidos cotidianamente pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), secretarias estaduais e municipais de saúde, e demais parceiros para que possamos melhorar a prestação dos serviços em saúde o mais breve possível.
Entre as medidas que vêm sendo tomadas, cabem ser destacadas os seguintes pontos:
1.Recomposição da chefia da Unidade de Sistema Nervoso;
2. Acompanhamento do processo seletivo em andamento para a contratação de Neurocirurgiões;
3.Criação de um novo fluxo de atendimento ao paciente crítico, que envolve outras especialidades médicas;
4.Envio de documento ao Ministério da Educação, Comissão Nacional de Residência Médica, Comissão Estadual de Residência Médica (PE), informando da nossa situação quanto às medidas emergenciais adotadas no serviço de Neurocirurgia para a continuidade da assistência aos pacientes;
5.Participação efetiva do HU-Univasf na primeira reunião da Comissão de Cogestão da Região Interestadual de Saúde da Rede PE/BA (CRIE), no ano corrente, e participação na reunião promovida pela VIII GERES com a gerente local, a secretária estadual de Saúde e os secretários de saúde de municípios pernambucanos, discutindo acerca dos encaminhamentos de procedimentos de baixa complexidade para o HU.
Em sendo assim, ao passo que informamos o cenário atual, nos colocamos à disposição para o diálogo em busca de soluções.
Colegiado Executivo/HU-Univasf/EBSERH
HOSPITAL DOM MALAN E SINDICATO DOS MÉDICOS PERNAMBUCO:
NOTA SINDICATO MEDICOS: O Sindicato dos Médicos de Pernambuco vem a público cobrar das autoridades responsáveis e reiterar a sua preocupação com a situação da emergência pediátrica do Hospital Dom Malan, em Petrolina. Antes mesmo do pico máximo de doenças respiratórias, reincidente neste período do ano, o Simepe já esteve reunido com a secretária estadual de Saúde e com o secretário municipal de Saúde, notificou o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) sobre a situação, assim como realizou visitas ao local e reuniões com os médicos e gestores do hospital. Mas até agora não houve nenhuma melhora.
O cenário atual é um absurdo e muito doloroso. O equipamento de saúde, que atualmente atende aos 53 municípios da Rede Interestadual de Saúde do Vale do São Francisco (Rede PEBA), encontra-se superlotado, tendo um quadro de profissionais subdimensionado, com crianças internadas de maneira inadequada, mal acomodadas em cadeiras da emergência, além da fila de espera por um leito de UTI, com média de seis crianças entubadas, na Sala Vermelha, necessitando de cuidados intensivos.
Os médicos se sentem impotentes diante de crianças que estão sofrendo junto com os seus familiares. Não há planejamento para uma demanda que já é recorrente – após a pandemia se tornou ainda mais intenso – e, independente de gestão, quem assume já tem conhecimento.
O sindicato ressalta que continuará firme ao lado dos médicos, lutando para que medidas efetivas sejam tomadas para diminuir o sofrimento dos profissionais médicos e dos pacientes pediátricos com urgência.
Simepe
Nota do Hospital Dom Malan:
Hospital Dom Malan em Petrolina amplia o número de profissionais na unidade de saúde por conta do aumento nos casos de doenças respiratórias
O Hospital Dom Malan em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, está ampliando o quadro de médicos pediatras, enfermeiros, técnicos e fisioterapeuta para atender o aumento na demanda de pacientes com sintomas respiratórios que estão chegando à emergência da unidade de saúde.
A direção do Hospital Dom Malan, em acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, está escalando a partir desta quinta-feira (20), mais 01 pediatra, 01 pediatra evolucionista, 01 enfermeiro, 2 técnicos em enfermagem e 01 fisioterapeuta respiratório para melhor atender à população.
Doenças respiratórias-Os profissionais de saúde do HDM conhecem o aumento de demanda no atendimento de crianças com sintomas de doenças respiratórias nesse período do ano. Pelos próximos três meses os serviços de ambulatório, urgência e emergência do hospital deverão registrar aumento no fluxo de pacientes.
O Hospital atende pacientes de 53 municípios na Rede PEBA (dos hospitais de Pernambuco e Bahia).
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