"Não podemos desdenhar nem superlativar", diz representante das escolas privadas sobre ameaças

Após uma série de ataques em escolas pelo Brasil, o temor por novos casos espalhou-se pelas redes sociais e pelas escolas de Pernambuco. Em entrevista concedida à Rádio Folha, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), José Ricardo Diniz, afirmou que as instituições privadas têm tomado providências sobre as ameaças de ataques. 

“Já vínhamos preocupados com a segurança há bastante tempo. As escolas redobraram a segurança, com novas políticas de acesso, entrada e saída. Essas medidas foram tomadas por conta dos acontecimentos recentes aqui no Brasil”, disse José Ricardo Diniz.

De acordo com o representante das escolas privadas, 2.100 instituições de ensino foram orientadas sobre os cuidados em relação à segurança. Diniz chama atenção, ainda, para um trabalho de integração entre os órgãos responsáveis pela segurança pública e as gestões das escolas. “Estamos mantendo um contato com o serviço de inteligência da SDS [Secretaria de Defesa Social de Pernambuco], através da subchefia da Polícia Civil. Desde sexta-feira (7), estamos nesse trabalho, que não é algo fácil, é extremamente complexo”.

“A galera do bem tem que continuar correndo, com inteligência. Não vai adiantar só força policial, força física; o aparato físico policial por si só não resolve. Nesse sentido, a questão da inteligência deve desempenhar um papel fundamental”, completou Diniz.

Rádio Folha/Folha Pernambuco