Coronel Geraldo é o mais novo cidadão juazeirense

Com as presenças da Prefeita Suzana Ramos, do ex-prefeito Rivadávio Espínola Ramos, do Coronel Valter Araújo Comandante do CPR-N, do Juiz de Direito Joséi Góes Silva Filho, de vários oficiais da Polícia Militar, da Banda de Música da PM-BA e de familiares e amigos foi concedido na noite desta sexta-feira (03) no auditório da Câmara Municipal o Título de Cidadania Juazeirense ao Coronel PM da Reserva Geraldo Dias de Andrade.

O título foi uma concessão do vereador Valberto Matias que contou com apoio dos demais pares. Ao longo da solenidade, antes do agraciado fazer seus agradecimentos, coube ao vereador Renato Brandão, ao Juiz de Direito Dr. José Góes, à professora e esposa do homenageado Wilma Rosa e ao vereador proponente da honraria Valberto Matias os discursos de felicitações ao novo conterrâneo.

Valberto Matias leu breve histórico de vida do agraciado o que deu sustentação à proposição do título de Cidadania ao Coronel RR Geraldo Dias de Andrade. Confira:

Geraldo Dias de Andrade, brasileiro, residente há 52 anos nesta cidade de Juazeiro na rua Almirante Saldanha da Gama, número 2, bairro Country Club, natural da Cidade Monumento Nacional (Heróica Cachoeira-BA) pioneira da Independência do Brasil, casado em 21 de setembro de 1973 com a juazeirense, professora Maria Wilma Rosa Dias de Andrade, filha dos juazeirenses Joaquim Evangelista Rosa e Amélia Hermenegildo Rosa (ambos falecidos). Do enlace matrimonial veio Narciso Dias de Andrade Neto, formado em Direito pela Universidade de Alfenas, (UNIFENAS) Estado de Minas Gerais, no ano de 2001. Sou Ten. Coronel da reserva da briosa Polícia Militar do Estado da Bahia, Membro da Academia Juazeirense de Letras, Cronista, com centenas de crônicas publicadas na imprensa local e de Salvador. Escritor, autor de vários livros (romances) – Bel. em Direito no ano de 1988, pela Fundação Educacional Nordeste Mineiro – Faculdade de Direito de Teófilo Otoni, Estado de Minas Gerais. Membro da Associação Bahiana de Imprensa Seccional Norte. Juntamente com o tenente da PM\BA Manoel Lopes Sobreira (falecido), conseguimos a área para a sede do 3º BPM\J.

Quando da construção da barragem no distrito de Sobradinho, hoje, cidade, houve uma convulsão social dos trabalhadores rurais, expulsos de suas terras, reclamando por justiça e indenização, tempo em que chegavam mais de dez mil trabalhadores para a obra. Referida construção foi no período de 1971 – 1980, sendo inaugurada no ano de 1982, com a função de geração de energia elétrica.

Prostituição, homicídios e outros crimes eram constantes, os quais me trouxeram muita preocupação para poder manter a tranquilidade pública. Por quatro anos, sozinho, era eu o Delegado de Polícia de Juazeiro: Furtos e Roubos, Homicídios, Tóxicos, etc. Muitas noites chegava aos alojamentos da construção, de surpresa, efetuando prisões. Dever cumprido! Dava tudo de mim para que Juazeiro respirasse a paz!

Outra missão que me fora confiada, por mais quatro anos, a de Coordenador de Trânsito em todo Estado da Bahia (COTRIN), com sede em Salvador.

O ciclo da cebola e do melão em Juazeiro, não faltando agricultores e compradores de terras gerando essa economia. Precisavam da carteira de motorista para circular com seus veículos, pois a maioria não era habilitada. Dirigiam seus veículos pelas estradas, bastante tensos em razão das multas constantes.

Fazia-se, portanto, se intensificar as bancas examinadoras para exames em Juazeiro e outras cidades. Como conhecia o sacrifício dos produtores rurais, logo foram criadas Ciretrans pelo interior: Circunscrição Regional de Trânsito, (CIRETRAN), facilitando-se tirada da habilitação, evitando se deslocar para Salvador ou para outro estado. A exemplo da Ciretran de Paulo Afonso, Jequié, Ilhéus, Itamaraju, Euclides da Cunha e outras foram criadas e instaladas por mim, incluindo principalmente a 8ª Ciretran de Juazeiro que permanece atendendo não somente a esta cidade, bem como outros municípios.

Emocionado, o Coronel Geraldo Dias de Andrade falou da sua relação com Juazeiro e os juazeirenses e agradeceu a comenda que o tornava de direito o que já era de fato: Cidadão Juazeirense.

TÍTULO DE CIDADÃO!

Excelentíssimo Senhor Vereador Lindenberg Souza Santos, Presidente desta Egrégia Câmara de Vereadores de Juazeiro, em nome de Vossa Excelência saúdo os Senhores Edis desta Casa Legislativa (Aprígio Duarte Filho). Excelentíssima Senhora Suzana Ramos, Prefeita desta cidade. Excelentíssimo Senhor José Góes, Dr. Juiz de Direito desta Comarca. Autoridades presentes ou representadas. Senhores convidados.

Boa Noite!

Sinto vivamente a honra ao ultrapassar os umbrais sagrados deste Templo Augusto, célula mãe do poder político dos brasileiros, tempo em que me é concedido dentre os títulos que uma pessoa humana possa receber, o de maior nobreza é o Título de Cidadão.

A alma humana é a personalidade individual da pessoa, possuindo inteligência, raciocínio, visão horizontal com o mundo, carregando sobre si, sentimentos.

Confesso que a minha alma, com firmeza, neste momento em que recebo este grandioso Título de Cidadão Juazeirense, ela está circundada de sensação de deslumbramentos, de sentimentos de alegria, gratidão, prazer e emoções.

A honraria em que ora me invade de modo prazeroso, revelo que deixa no âmago do meu coração uma plenitude de euforia, satisfação, pululando agradecimentos. Ao mesmo instante a reflexão me interroga se mereço tamanha homenagem, pois, na esteira do tempo, nesta cidade pujante, valorosa, por mais atos considerados de relevância que eu houvesse praticado foram frutos do meu ofício, cumprimento do dever, minha obrigação. A consciência me alerta, ainda, que fiz quanto pude e que devo continuar à disposição para o bem servir a esta bendita terra de Nossa Senhora das Grotas!

Com todas as vênias, Senhoras e Senhores! “Non possumus non loqui” (Não podemos deixar de falar)! Juazeiro precisa ser mais bem amada, elevada, não somente pela seara política, como também, pelos filhos deste querido torrão ribeirinho situado na margem direita do Velho Chico. Devemos extirpar pela raiz toda e qualquer chaga, desventura, que por alguma razão esboce o desplante de querer obstruir o destino promissor desta cidade que amamos tanto, possuidora de fôlego para voar a grandes alturas.

Esta cidade, Senhores Vereadores! tem energia propulsora, potencialidade invejável para o desenvolvimento nesta nação. Não queremos representantes mudos, múmias e voláteis no Parlamento, que somente anelam os votos de Juazeiro para se eleger, jamais mostrando ser benévolos a esta cidade; ocultam-se, lepidamente, após as eleições. “Batem asas.”

As leis naturais nesta vida telúrica, eu as agradeço, por me bafejarem esta alegria enorme – Título de Cidadão Juazeirense - que me enche de orgulho, contentamento, em poder bradar com muito carinho, impavidez, que em Juazeiro da Bahia tenho conterrâneos.

 Os livros e centenas de crônicas modestas, de minha lavra, não me levaram a ser egoísta, encerrando no peito os meus parcos conhecimentos. Livro tem o poder de transportar o aprendizado, experiência, estudo, costume, etc. Livro é andarilho do saber que deve passar de mão em mão. Uma satisfação do autor que não prima pelo egocentrismo. Oh! Bendito o que semeia livros à mão cheia e manda o povo pensar (Antônio de Castro Alves – poeta, pensador).

Ao tocar suavemente nesta dádiva materializada (Título de Cidadão de Juazeiro), sem pestanejar, veio ao meu juízo o dever de gratidão ao ser contemplado com um título nobre, que muito me enaltece. Uma surpresa que me cobre de felicidade, alegria, extensiva a minha esposa, professora Maria Wilma Rosa Dias de Andrade, meu filho Narciso Dias de Andrade Neto e o neto Geraldo Dias de Andrade Neto.

Uma inteireza de gratulação à Insigne Câmara Municipal e aos Senhores Vereadores que votaram em meu nome para que eu recebesse a honraria de ser um Cidadão Juazeirense.

O esplendor da homenagem me faz sentir que estou acolhido como juazeirense. Com profunda gratidão, garanto que Juazeiro continuará agasalhada no meu corpo e alma.

Uma glória! O Altaneiro Título a mim confiado pela Excelsa Edilidade, o honrarei em todas as intempéries e as vicissitudes da vida. Agora, sinto-me um juazeirense de Fato e de Direito. Mais uma vez, agradeço a esta cidade enraizada de um caráter simpatético, seus habitantes, meus amigos, políticos, funcionários da Câmara Municipal, Eminentes Vereadores, estes, pela generosidade da aprovação do projeto que me tornara Cidadão Honorário de Juazeiro.

Gratidão deriva de gratia, que em latim quer dizer graça. “A gratidão – não há a menor dúvida é o berço materno de todos os sentimentos.”

Ser Vereador é uma vocação dada por Deus! Consigno com ânimo, disposição de espírito todo especial a minha eterna gratidão a Vossa Excelência, Vereador Valberto Matias dos Santos, citadino de personalidade límpida, escorreita, dotado de urbanidade, afável e ereto em seus atos; operador do Direito. Um político auspicioso, que gera esperança, o qual fora o responsável direto pelo título com que fui agraciado. “A gratidão é a memória do coração.” (Filósofo Antistenes – Grécia Antiga). Uma homenagem fulgente, airosa, que acolho neste ensejo de graça, em que me faz aceito nesta terra. Juro que Juazeiro está sempre no meu pensamento. A esta cidade em nenhuma circunstância me furtei de servir a ela, e, continuarei no mesmo prisma, “diapasão”, dando o meu afinco, empenho, dedicação com fervor.

Se tudo o que está supra relatado, significar cidadania, com muito orgulho, proclamo, então, para os quatro ventos: Sou cidadão de Juazeiro do Estado da Bahia.

Muito Obrigado!

Juazeiro, 03\03\2023

Geraldo Dias de Andrade

Da redação redeGN