Ex-candidato a prefeito de Petrolina diz que "Lula gosta de ladrão e deputados e vereadores da esquerda fazem rachadinhas"

O médico Marcos Heridijânio, mais conhecido como doutor Marcos Ortopedista, ex-candidato à prefeitura de Petrolina, através das redes sociais voltou a fazer pronunciamento e causar repercussão.

De acordo com Marcos, "durante 4 anos do Governo Bolsonaro se passou falando em rachadinha, dele e dos filhos e agora o atual Governo Federal contratou André Ceciliano (PT), para ser o  secretário de Assuntos Federativos na Secretaria de Relações Institucionais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)".

Na fala que circula nas redes sociais, Marcos diz que André Ceciliano "é quem ensinou os filhos de Bolsonaro a fazer as rachadinhas".

"Nós somos cara lisas...Eu fiz um video que viralizou dizendo que com o dinheiro da rachadinha é dinheiro púbico. No SUS falta remédios. E agora a gente tem o dissabor de saber que André Ceciliano vai trabalhar com o Partido dos Trabalhadores". Marcos diz no vídeio que "Lula gosta de ladrão e todos os deputados da esquerda e vereadores "tudinho" fazem rachadinha. Voces são ladrões e eu não sou. Lula acabou de contratar um ladrão"

REVISTA VEJA: Na prática, André Ceciliano será responsável por manter diálogo com governadores e prefeitos. Ele concorreu a senador neste ano, mas não foi eleito. O mandato como deputado estadual acabou no inicio de fevereiro.

Reportagem da Revista Veja, edição desta semana diz que durante os quatro anos da gestão Jair Bolsonaro, um fantasma assombrou intensamente o Palácio do Planalto. Em outubro de 2018, entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial, descobriu-se que o Ministério Público havia quebrado o sigilo bancário de 21 deputados da Assem­bleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e colhido indícios de que, durante anos, lá funcionou um esquema de recolhimento ilegal de parte dos salários dos funcionários. Na época, todas as atenções naturalmente se concentraram sobre o suspeito mais famoso da lista: Flávio Bolsonaro, o filho mais velho do futuro presidente da República, acusado de desviar 6 milhões de reais. 

O caso fragilizou o discurso do pai dele sobre ser implacável com a corrupção, envolveu o governo em uma série de fatos controversos e, embora não tenha resultado judicialmente em nada, marcou definitivamente a imagem do clã. Bolsonaro se foi, mas o espectro da rachadinha vai continuar rondando o Planalto — só que agora encarnado em outro personagem.

O ex-deputado André Ceciliano (PT-RJ) assumiu o comando da Secretaria de Assuntos Federativos, órgão que funciona no quarto andar do Palácio do Planalto, um pavimento acima do gabinete do presidente da República. Na época que eclodiu o escândalo das rachadinhas, ele comandava a Assem­bleia Legislativa do Rio e aparecia no topo da lista de suspeitos como beneficiário de quase 50 milhões de reais. Assim como Flávio Bolsonaro, ele sempre negou que seu gabinete confiscasse parte dos salários dos funcionários. Assim como o caso de Flávio Bolsonaro, as investigações também não resultaram em absolutamente nada, o que não quer dizer necessariamente que irregularidades não ocorreram. Os inquéritos que apuravam a rachadinha nos dois gabinetes foram arquivados, mas as investigações não foram encerradas. “Ficou provado que o deputado não participou de esquema algum”, disse Luciana Pires, advogada de Ceciliano e, por coincidência, também defensora do filho do ex-presidente.

Atormentado pela “rachadinha”, Flávio Bolsonaro livrou-se das acusações em maio do ano passado. A Justiça do Rio arquivou o processo com base em uma decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Um ano antes, Ceciliano também havia se livrado do estigma, quando o Ministério Público descartou a hipótese, após analisar as quebras de sigilo bancário do deputado. Desde então, a Promotoria trabalha em outra linha de investigação: a de que o dinheiro detectado nas contas dos assessores do deputado, cuja origem ainda é desconhecida, na verdade foi movimentado para quitar uma dívida do parlamentar com um agiota que já tinha sido lotado no seu gabinete. Questionado sobre os detalhes e a situação do processo, o Ministério Público do Rio informou que as investigações correm em segredo de Justiça e que não podia dar informações.

Em resposta à reportagem de VEJA , o ex-deputado André Ceciliano enviou à redação a seguinte nota:

Sobre a matéria “Suspeito número 1 de esquema da rachadinha é nomeado secretário por Lula” , Sobre a matéria “Suspeito número 1 de esquema da rachadinha é nomeado secretário por Lula” , publicada na edição da 2.827 da revista VEJA, cabe esclarecer que o caso que envolveu o ex-deputado André não é comparável ao do senador Flávio Bolsonaro pelas seguintes razões: 

A investigação acerca de possível prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro foi, como se sabe, suspensa pelo STJ. No caso do ex-deputado André Ceciliano, ela foi devidamente concluída e arquivada depois que Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, ao fim de dois anos de investigação, constatou que não houve qualquer transferência de recursos ou valores de funcionários do  gabinete para as suas contas pessoais, de seus familiares ou entre os próprios servidores. Isso é de conhecimento público e já foi objeto de inúmeras matérias, disponíveis em buscas na Internet. 

Também não é verdadeira a informação de que a advogada Luciana Pires, que defendeu Flávio Bolsonaro no caso da “rachadinha”, teria assessorado o ex- deputado André Ceciliano na investigação correlata. Quem o representou, conforme mostra documento em anexo, foi o advogado Raphael Corrêa – e não Luciana Pires. 

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Redação redegn Foto redes sociais