Artigo - Saber ouvir, antes de planejar, gera conexão que leva ao êxito.

Um dos maiores segredos dos movimentos de esquerda está justamente nisso: Eles vivem nos movimentos! 

Já a Direita, via de regra, vive estagnada e presa em sua bolha, conversando consigo mesma. É hora de sair da bolha e ir além. É hora de sair da zona de conforto e ir às ruas, aos guetos e redutos sociais.

É hora de sair e conhecer, "in loco", os bolsões de miséria. É  fazer isso ou conviver com a alienação de que "somos a maioria silenciosa" ou aquela que está na internet, "protestando". Não é mesmo! 

Os "silenciosos" estão na periferia das Cidades e rincões do país.  É hora de "um choque de realidade social" que ultrapasse os limites das áreas que a Direita costuma gravitar e frequentar. É hora de tomar um banho de Povo. A oportunidade está aí, diante de todos, como um cavalo selado que só passará uma única vez. É montar e seguir em frente ou perder a montaria e lamentar a vida toda. O que nós iremos escolher fazer? Disso aí dependerá o nosso futuro aqui. 

Parar, só observar e criticar, sem planejamento ou se contrapropor algo efetivo e realizável é apenas mais do mesmo de sempre. Isso não mudará nada na sociedade. Faz -se necessário mostrar boas alternativas e que sejam viáveis. Porém, isso deverá nascer do saber ouvir o Povo com as suas demandas. E agindo de um outro modo será só algo impositivo e sem esperança. 

"Descer do salto" para aprender a primeiro ouvir aos mais pobres e só depois se construir propostas, baseadas naquilo que se ouviu e aprendeu sobre a sua realidade é algo essencial para que a Direita possa avançar entre as pessoas que esperam por propostas reais e não o resultado do pensamento de mentes técnicas que não as ouve e já chega com soluções. A crítica pela crítica qualquer um o faz. Contudo, sugerir alternativas transformadoras requer o ouvir, antes de sentar e planejar algo. Eis algo para a Direita aprender.

Falando somente com a nossa bolha não iremos muito longe. Lula e o Bolsonaro continuam só dialogando com suas bolhas. Ou seja, estão falando, e isso quase que somente, aos que os segue e apoia. É preciso ir além da bolha e dialogar com todos.

Por Teobaldo Pedro