Pacheco reforça 'plena confiança' no sistema eleitoral e diz que urnas eletrônicas são 'orgulho nacional'

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quarta-feira (3), na abertura da sessão do plenário, que tem "plena confiança" no sistema eleitoral. Ele afirmou ainda que as urnas eletrônicas são motivo de "orgulho nacional".

A fala de Pacheco, que também é presidente do Congresso, ocorre em um momento de reações, em diversos setores da sociedade, aos ataques sem provas do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral do país, em especial às urnas eletrônicas.

Bolsonaro vem repetindo, nos últimos meses, suspeitas sobre as urnas e a apuração dos votos já desmentidas pelas autoridades. Em julho, ele reuniu embaixadores estrangeiros lotados em Brasília para difamar o sistema eleitoral brasileiro.

Esse ato, ao contrário do que o presidente queria, suscitou apoio ao sistema eleitoral brasileiros de embaixadas importantes, como a dos Estados Unidos e a do Reino Unido. Uma carta pela democracia, elaborada pela Universidade de São Paulo, também foi uma reação às investidas do presidente, e já conta com mais de meio milhão de assinaturas.

Pacheco fez a defesa do sistema eleitoral na tribuna do Senado, em seu primeiro discurso no plenário após a volta do recesso parlamentar.

"Como tenho repetido em minhas falas nesta Casa e fora dela, eu tenho plena confiança no processo eleitoral brasileiro, na Justiça Eleitoral e nas urnas eletrônicas, por meio das quais temos apurado os votos desde 1996. Sei que essa posição é amplamente majoritária tanto no Senado quanto no Congresso Nacional", afirmou o presidente do Congresso.

"As urnas eletrônicas têm sido motivo de orgulho nacional e trouxeram, nestes 26 anos de uso no Brasil, transparência, confiabilidade e velocidade na apuração do resultado das eleições. Elas têm-se constituído em ferramenta poderosa contra vícios eleitorais muito frequentes na época do voto em papel. Representam, portanto, um verdadeiro aperfeiçoamento institucional", completou.

Legitimidade dos votos

Pacheco disse ainda que a legitimidade do voto deve ser reconhecida 'assim que proclamado o resultado das urnas'.

"O rito eleitoral confere protagonismo à vontade popular, garantindo que os verdadeiros detentores do poder possam livremente escolher seus governantes. As eleições existem para assegurar a legitimidade do poder político, pois o resultado das urnas é a resposta legítima da vontade popular. Legitimidade que deve ser reconhecida, assim que proclamado o resultado das urnas", disse o presidente do Senado.

g1 / foto: Pedro Gontijo/Senado Federal