Fortalecimento da mulher negra foi celebrado em ação de encerramento do Julho das Pretas pela Prefeitura de Juazeiro

Buscando contribuir com políticas públicas conjuntas e propositivas, a Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes), por meio da Diretoria de Mulher, realizou uma roda de conversa sobre empoderamento feminino, além de uma oficina para ensinar a produzir acarajé, uma iguaria típica da cultura afro.

Essa atividade fechou o Julho das Pretas, mês que celebra o Dia da Mulher Negra Afro Latino Americana e Caribenha, e luta também por igualdade, emprego e renda para as mulheres negras.

A ação aconteceu no último sábado (30), no Colégio Estadual Professor Artur Oliveira da Silva, localizado no bairro Quidé. A iniciativa tem como objetivo evidenciar o protagonismo da mulher negra, através da trajetória e os aspectos político, cultural, identitário e comunitário. O Julho das Pretas é uma organização e movimento de mulheres negras do Brasil, voltada para o fortalecimento da política coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade.

Para Bethânia Amorim, superintendente de Políticas Sociais, o Julho das Pretas "reforça o compromisso da gestão com a vida de todas as mulheres, mas principalmente das mulheres negras, ampliando o diálogo e desenvolvendo ações para reforçar essa luta", frisou.

A coordenadora da Diretoria de Mulher, Edileide Cardoso, classifica o Julho das Pretas como uma oportunidade para promover a ampliação de oportunidades para essas mulheres e evidenciar os debates de empoderamento. "O objetivo é dar mais visibilidade às mulheres negras e formar novas empreendedoras no município, além de celebrar a força e a resistência da mulher negra. Se trata de uma iniciativa cheia de potência e ancestralidade, onde buscamos fertilizar e potencializar a força dessas mulheres e efetivando os serviços socioassistenciais", comentou.

A formadora da oficina de acarajé, Isabel Alcântara, falou sobre a satisfação de poder ministrar o processo de aprendizagem para produção de acarajé. "Me sinto muito grata por ter sido convidada para realizar esse momento de aprendizado, compartilhando meu conhecimento e experiência com outras mulheres negras, que assim como eu, encontram no empreendedorismo uma oportunidade de ter uma fonte de renda. Graças a produção e venda de acarajé, eu pude criar meus filhos e prover o sustento de minha família", disse Isabel.

Aparecida Nunes, participante da ação, comentou  sobre a importância do evento na contribuição com a sua atual condição social e econômica. "Agradeço à gestão do município por nos oportunizar participar desse momento. Eu mesma pensei em ir até outra cidade para aprender a fazer acarajé, quando soube que a prefeitura estava oferecendo o curso, fiquei muito animada. É uma nova oportunidade de fonte de renda, além de ser um novo aprendizado no segmento de empreendedorismo, onde desejo trabalhar após concluir essa oficina", disse.

Todas as participantes receberam certificado. Ao todo, 16 mulheres participaram da programação, fortalecendo as discussões acerca do Julho das Pretas e dando ainda mais visibilidade as pautas das mulheres negras, reafirmando as raízes, a cultura, a identidade negra, o protagonismo e a participação das mulheres negras em todos os espaços.
 

Ascom PMJ