Afogamentos aumentaram durante a pandemia de Covid-19; crianças são as principais vítimas

De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), afogamentos provocam 5,7 mil mortes por ano no Brasil, sendo crianças e jovens do sexo masculino as principais vítimas.

Hoje, 25 de julho, é a data escolhida para ser o Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento e ações educativas acontecem em todo o País. 

Para marcar a data em terras pernambucanas, a Sobrasa realiza, a partir das 13h, o Sobrasa Kids, no estuário do rio Massangana, em frente ao Restaurante Bar do Doido, no Cabo de Santo Agostinho, cuja programação é voltada para crianças, como o nome da ação sugere. O "Kids" é um programa realizado com crianças em praias, piscinas e escolas de forma lúdica e interativa.

Através do esporte, os pequenos aprendem diversas ações de redução dos afogamentos, com base na prevenção. O programa será liderado pelos voluntários Josafá Lima e Patrícia Lima, e são esperadas 30 crianças durante a ação, que acontece durante passeio em catamarã.

Segundo a própria Sobrasa, baseada em dados do censo do Sistema Único de Saúde (SUS) afogamentos em crianças de 1 a 4 anos era a segunda causa de morte no País até 2019, mas durante a pandemia passou para a primeira posição (2020 e 2021).

“A cada três dias, uma criança morre afogada dentro de casa no Brasil. Nossa casa é, supostamente, o local mais seguro, onde relaxamos, mas não para essa idade. Com a pandemia e o isolamento social, o acesso às piscinas residenciais se tornou mais fácil, o que pode explicar a elevação de mortes por afogamentos de crianças. É uma tragédia coletiva que pode ser evitada com soluções relativamente simples”, destaca o médico David Szpilman, fundador da Sobrasa e um dos principais especialistas em salvamento aquático do Brasil.
 

Folha Pernambuco Foto Ilustrativa