Junho acaba com chuvas acima da média histórica na RMR, diz Apac

Conforme previsto pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), o mês de junho registrou chuvas acima do esperado na Região Metropolitana do Recife (RMR). A cidade com maior índice foi Ipojuca, com 613,4 mm, o equivalente a quase o dobro (178%) da média histórica, que é de 345,5 mm. 

No Recife, o índice ficou na casa dos 531,4 mm, 115% acima da média de 389,6 mm. Em comparação com maio, choveu menos na capital pernambucana - foram mais de 650 mm registrados no quinto mês do ano.

De acordo com a Apac, na ocasião da previsão para junho, fatores como a temperatura mais elevada do oceano nas proximidades da costa de Pernambuco, com registros até 3º C acima da média, e a ocorrência do La Niña contribuem para o aumento das chuvas.

Após a tragédia que devastou o Estado, com 130 mortes, a preocupação se dava na concentração das chuvas acima da média. Em maio, por exemplo, só o Recife, entre os dias 25 e 31, contabilizou 513,4 mm de chuva - quase 75% de toda a chuva do mês. O pico ocorreu em 28 de maio, quando choveu 190 mm - pouco mais de 27,6% do mês. Em junho, o dia com maior chuva foi o dia 7, com 101 mm.

A cidade com maior índice de chuvas em Pernambuco em junho foi Barreiros, na Zona da Mata Sul, onde ocorreu precipitação de 662,2 mm, 195% acima de média histórica de 339,2 mm. 

Em Olinda, junho registrou 508,9 mm, 132% acima da média de 384,7 mm. Já em Jaboatão dos Guararapes, a chuva foi de 490,6 mm, 139% além da média de 352,5 mm. No Cabo de Santo Agostinho, a precipitação acumulada foi de 561,3 mm, 179% acima da média de 314 mm.

Em Primavera, na Mata Sul, choveu mais do que o dobro da média: 482,2 mm ante 237,7 do histórico. Já em São Benedito do Sul, a precipitação foi de 288,8 mm contra 120,7 mm da média.