Em carta aberta, músico manifesta indginação com tratamento recebido no São João de Petrolina

Em manifestação enviada à redação da redeGN, o músico Gustavo Sá, denunciou na forma de "Carta aberta á Prefeitura de Petrolina", a forma que considerou como de "desvalorização dos artistas locais", no tratamentro que recebeu para apresentação de show durante o São João, no circuito Tenda do Bambuzinho.

Confira o relato do artista:

"CARTA ABERTA À PREFEITURA DE PETROLINA PERNAMBUCO

Petrolina, 28 de junho de 2022

Venho anunciar minha enorme indignação e insatisfação com a desvalorização dos artistas locais e com o despreparo dos organizadores do São João de Petrolina, circuito tenda do Bambuzinho.

Fui convidado a tocar no São João, circuito Bambuzinho no dia 23/06, no horário de 16:30h às 18:30h. Infelizmente, passamos por vários transtornos que retratam claramente o que se é oferecido aos artistas locais e que é nitidamente o oposto do que
se é mostrado no São João Faraônico do pátio de eventos, Ana das Carrancas.

Cheguei ao local às 16h e estranhei, pois não havia nada, sequer o som . Apesar de ter 1 ônibus lotado de turistas aguardando a atração. Me identifiquei ao grupo e confirmei que iria realizar o show.

Já preocupado com o atraso, falei com o funcionário da Sedetur, P.B e o mesmo pediu para que eu aguardasse. A pessoa que foi nos socorrer com o equipamento de som, só conseguiu chegar às 17:30. Nos disse que não havia sido contratado no horário informado e ao saber do evento, fez o possível para nos ajudar.

Foi enviado uma pessoa da secretaria chamado T.K, que infelizmente não contribuiu com nada, apenas pediu que tirássemos uma foto com a equipe antes que ficasse no escuro. Só houve claridade no placo durante os primeiros 10min de show. Não tinha Luz na
tenda do Bambuzinho, incluindo os refletores do espaço. Só não tocamos completamente no escuro pois a área lateral é iluminada pelas lojas e avenida.

Não tinha segurança, nem policiamento. Tinha um bêbado no palco atrapalhando todo o show desde o início: Inclusive, tropeçou nos fios, desligou a zabumba e derrubou as baquetas. 

Não teve nenhum apoio técnico, nem água para minha equipe foi disponibilizada, muito menos uma luz de LED para colorir o espaço e deixar a apresentação bonita, como se é vendida nas redes sociais. 

Como começamos a tocar 18h e o comércio fechou as 17:30, basicamente tinham apenas umas 20 pessoas assistindo: A família de minha noiva, o rapaz do som com seu filho, uns 3 familiares dele que apareceram e ficaram por lá, e mais algumas pessoas que
procuraram refúgio por estar chuviscando durante metade do show. 

Fiz minha crítica sobre a iluminação após 10min de show e a registrei em vídeo. Falei APENAS que gastam 800 mil para contratar artistas de fora e para os locais nem uma lâmpada colocam. Minutos depois, a secretaria, na figura de M. liga para o celular T.K.
que me faz atender a ligação no meio do show, atrapalhando os poucos minutos de apresentação que nos restara. Na ligação o M. diz que o informaram que eu estava gravando vídeos e postando nas redes sociais falando mal do São João, que não era para
eu fazer isso pois ele estava me ajudando e que também é para eu ajudar ele. Vejo que, ele agiu assim, na tentativa de me pressionar e me calar diante da situação.

O respondi, faço meu trabalho com qualidade, organizo minha equipe, figurino, repertório, ensaios, formação, tempo, e o mínimo que esperava é que disponibilizassem um espaço com iluminação e um apoio técnico de qualidade. Que se ele quisesse falar alguma coisa falasse pessoalmente, não por telefone e no meio do show.

Minutos depois enviaram outra pessoa da secretaria, na figura de M. (inhos), esse veio tirar fotos numa tentativa de mostrar que o espaço estava com qualidade. Outros artistas suspenderiam o show por muito menos. Não por arrogância, prepotência, por achar que é melhor que os outros, mas sim, por querer preservar sua equipe e seu trabalho. Já que se é preparado um show com todo cuidado e carinho, pensado em proporcionar um momento de qualidade para o público, seja ele qual for. 

Terminei meu horário dando o meu máximo, e ao fim fiz um desabafo. Desabado este que foi gravado por alguns dos ouvintes presentes no dia e que repercutiu nas redes sociais. Tenho certeza que diante da minha manifestação pública, os responsáveis tomarão
providências para melhorar esta situação. 

Atenciosamente, Gustavo Sá.".

A redeGN aguarda posicionamento da prefeitura de Petrolina a respeito do denúncia.

Da redação redeGN