Artigo - As pessoas precisam ser 'concertadas'

Entende-se por emancipação a possibilidade de adquirir de forma antecipada, ou por algum tipo de mérito, a soberania, a conquista da liberdade. A palavra remete àquilo que avança, algo benéfico. 

 Um anseio coletivo seria a realização de um desejo em comum entre sujeitos. Em um mundo globalizado a visão que se espera sobre a vida é a do respeito e a complacência. Se comportar como se estivesse participando de uma competição de 'cabo de guerra', onde o principal objetivo é medir forças entre dois grupos até que apenas um vença é, além de uma infeliz demonstração de egoísmo, um ato que beira a insensatez. 

Que o mundo, em especial a Terra Tupiniquim, vive um momento hostil todo mundo, ou quase todo mundo, sabe. A valorização da desavença em detrimento do bom relacionamento assusta, enquanto as instituições sociais são desvalorizadas a partir de ataques banais e desnecessários. Uma verdadeira desconstrução dos preceitos básicos para a convivência harmoniosa entre os seres. 

A família, a igreja e o estado voltam a ser usados de forma deturpada, tendo inclusive suas características deformadas e seus sentidos alterados. Demagogias explícitas têm influenciado diretamente nas mudanças de comportamentos, provocando a disseminação do ódio e outras atrocidades que poderiam ser evitadas. 

"A esperança é a última que morre", portanto o bom brasileiro não pode desistir nunca de buscar ou criar meios para que o avanço signifique confiança em dias realmente melhores para todos, independentemente de que lado da corda esteja. 

Como em um jogo de xadrez, é preciso ter autocontrole e inteligência emocional para saber o momento certo para fazer acontecer aquilo que se almeja - ou seja, o lance final. 

Antes de mais nada, as pessoas precisam ser concertadas (no sentido de estar em harmonia) para que determinados consertos aconteçam. 

Forte é o povo! 

Por Gervásio Lima 

Jornalista e historiador