Produtores rurais do Vale do São Francisco já estão pagando os trabalhadores com a reposição da inflação em 10,16%

Os produtores da fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, estão pagando a folha do mês de março dos trabalhadores rurais com a reposição da inflação em 10,16% sobre o piso salarial da categoria. A decisão, que elevou os salários para o valor de R$ 1.264,00, além do reajuste nos valores fixos dos tratoristas e irrigantes, foi anunciada pelos representantes dos sindicatos patronais durante reunião da 28ª Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da Fruticultura Irrigada do Vale do São Francisco, realizada virtualmente no último dia 25 de março.

Na ocasião, a Comissão Patronal enfatizou ainda que o valor retroativo referente a janeiro e fevereiro, uma vez que a data base é 1º de janeiro, será pago tão logo a CCT seja encerrada. De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, a categoria está fazendo o que pode para chegar a um acordo possível com os trabalhadores.

"Os produtores rurais da região estão enfrentando um ano muito difícil com perdas agrícolas na ordem de R$ 60 milhões pelo excesso de chuvas que comprometeram as safras do primeiro e segundo semestre de 2022, além do aumento dos custos de produção, de implementos agrícolas, acondicionamento, embalagens das frutas, comercialização, aduanas e transporte até os mercados interno e externo", ressaltou.

Ainda sem data definida para conclusão, a 28ª Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da Fruticultura Irrigada do Vale do São Francisco, vem mobilizando, desde o último dia 24 de fevereiro, as demandas de cerca de 130 mil trabalhadores rurais e de 3.500 pequenos, médios e grandes produtores agrícolas, ligados aos sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras assalariadas rurais- STTAR e os sindicatos patronais.

Até o momento, já foram realizadas sete reuniões envolvendo produtores e trabalhadores de 13 municípios: Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco, Cabrobó e Orocó, em Pernambuco; e Juazeiro, Casa Nova, Sento Sé, Sobradinho, Curaçá e Abaré, na Bahia.

Da Redação RedeGN