Alta de preços de combustíveis já causa aumento nas passagens aéreas. Petrolinenses e Juazeirenses já sentem preço mais elevado

A forte alta dos preços de combustíveis causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia já provoca aumento nos preços das passagens no Brasil e uma redução da oferta de voos.

Uma passagem com saida de Petrolina com destino a Recife ou Salvador custa em média R$1845,00.

O querosene de aviação, derivado do petróleo, responde por um terço dos custos das linhas aéreas e tem mais de 50% de seus preços no Brasil indexados ao dólar, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A associação tem defendido "medidas emergenciais (dos governos) de contenção de preços que possam ser tomadas durante a vigência do conflito".

A nova turbulência atinge o setor aéreo em um momento em que a demanda vinha em retomada e, na aviação comercial doméstica, aproximava-se dos patamares pré-pandemia.

Um empresário de linha aerea jadmite que o cenário “poderá adiar uma retomada mais vigorosa da oferta de voos no país, assim como a inclusão de novas cidades e novas rotas e frequências”. embora não mencione ainda redução de oferta.

“Embora o valor do barril do petróleo já tenha sido um pouco maior há 14 anos, a situação atual é muito pior, pois naquela época o valor do dólar estava muito abaixo dos atuais R$ 5 e era cotado abaixo de R$ 2. Essa matemática é bastante impactante para o setor aéreo, em especial para as empresas brasileiras, que têm (...) um dos combustíveis mais caros do mundo”, diz o documento.

A Abear, que reúne Latam e Gol, ressalta que o querosene de aviação já havia acumulado em 2021 alta de 76,2%, “superando as variações do diesel (+56%), gasolina (+42,4%) e gás de cozinha (+36%)”.

O encarecimento do querosene nos curto e médio prazos “poderá frear a retomada da operação aérea, o atendimento logístico a serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos”, além de aumentar os prejuízos das três grandes aéreas brasileiras.

Redação redeGN Foto Ilustrativa