Caminhada Justiça por Beatriz: Belo Jardim recebe Lúcia Mota e pede justiça por Beatriz nesta terça-feira (21)

A REDEGN, no início da tarde desta terça-feira (21), recebeu as primeiras fotos da Caminhada por Justiça, onde Lúcia Mota e Sandro Romilton chegando em Belo Jardim, região do agreste de Pernambuco.

Moradores de Belo Jardim, em mais um ato de apoio e solidariedade se junta a Caminhada Justiça por Beatriz. Belo Jardim é mais um trecho da caminhada de Lúcia Mota e Sandro que pedem justiça pela filha assassinada há 6 anos em Petrolina. Neste momento Lúcia, Sandro e amigos receberam a companhia dos moradores e voluntários que se juntaram a caminhada. Sanfoneiros mais uma vez levam a mensagem da musicalidade no apoio em busca de Justiça.

O amigo da família e empresário Abilio Lino de Souza, que mora em Juazeiro, Bahia, nesta terça acompanha a Caminhada. "Estou aqui em Belo Jardim. Em nome da população de Juazeiro e Petrolina, região, tenho a pretensão de me fazer representante daqueles que não podem estar aqui neste momento. Lucia e Sandro estão recebendo vários apoios. Não estão sozinhos, a voz por justiça se faz ecoar", declarou Abilio.

Lúcia gravou mensagem que amanha (22), será a vez da cidade de São Caetano cobrar justiça.

O prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela foi dá o seu apoio ao protesto. O ato de apoio acontece na BR 232. De forma voluntária a cada passo moradores vão com cartazes e abraços para incentivar a caminhada e apoio. Ontem Lúcia postou declarando que já "são mais de 500 km e que continuará a luta na busca de Justiça pela filha".

O protesto em forma de desafio é de concluir uma caminhada de 712 km. O esforço é em memória da filha Beatriz Angélica, assassinada aos 7 anos de idade, em 2015. Em mais uma tentativa de ser ouvida pelo governador, Lucinha, como é chamada carinhosamente por todos na região, saiu de Petrolina, no último dia 5, com destino ao Recife. 

A missão é ir a pé até o Palácio das Princesas, sede do governo do estado, para pedir justiça por Beatriz.

NOTA GOVERNO DO ESTADO DIVULGADA ONTEM: Força-tarefa da Polícia Civil ficará permanentemente mobilizada para chegar ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica.

Inquérito do caso tem 24 volumes, 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas

A Secretaria de Defesa Social vai manter mobilizada a Força-Tarefa que investiga o assassinato da menina Beatriz Angélica, ocorrido há seis anos em Petrolina, até que seja identificado o culpado. O inquérito do caso, que tem até agora 24 volumes, 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas, foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 2021.

O Inquérito Policial já havia sido enviado em 2019, ao MPPE, que requisitou novas diligências. Todas as solicitações foram cumpridas e entregues ao Ministério Público pela Força-Tarefa criada pela Chefia de Polícia para investigar o caso. Os quatro delegados, com vasta experiência em investigações relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo o material que já havia sido produzido e realizaram novas diligências. 

Na esfera administrativa, a Corregedoria Geral da SDS publicou, na edição de sábado (18/12) do Boletim Geral da SDS, a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar Especial (PADE) em desfavor do perito criminal Diego Henrique Leonel de Oliveira Costa. Instaurado em maio de 2020, o PADE finaliza com parecer pela demissão do servidor. O servidor prestou consultoria de segurança, através de uma empresa da qual é sócio, ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, local onde Beatriz foi assassinada e, posteriormente, atuou na equipe de investigação.

Sobre o pedido de acesso aos conteúdos da investigação por parte de uma empresa privada americana, sem qualquer vínculo com o Governo dos EUA ou suas representações diplomáticas no Brasil, esclarecemos que esse tipo de cooperação não encontra respaldo na legislação brasileira. Com relação à requisição de federalização do caso, essa é uma iniciativa que deve partir do Ministério da Justiça.

Por fim, cabe destacar ainda que a família da vítima já foi recebida pela Secretaria de Defesa Social e o comando da Polícia Civil por quatro vezes e pelo governador Paulo Câmara em duas oportunidades. No último sábado, os pais de Beatriz foram informados que o pedido de audiência com o governador foi aceito e o encontro marcado para as 11h da terça-feira, 21 de dezembro. Tendo o governo ainda oferecido transporte para os familiares.

Redação redeGN Foto Redes Sociais