Estudo aponta que vacina russa desenvolve uma boa resposta imunológica sem efeitos colaterais graves

Um grupo de pacientes que participou de um estudo preliminar com a vacina russa contra o coronavírus desenvolveu uma resposta imunológica sem efeitos colaterais graves - publicou a revista The Lancet nesta sexta-feira (4). Esses resultados não provam, contudo, que a vacina, batizada de Sputnik V, protege efetivamente contra a infecção por covid-19, já que outros estudos de maior envergadura são necessários, disseram vários especialistas.

Em 11 de agosto, as autoridades russas anunciaram que sua vacina entrava na terceira e última fase dos ensaios clínicos. Moscou disse, porém, que não esperaria os resultados deste estudo, do qual "milhares de pessoas participam", porque sua intenção era homologá-la em setembro.

O anúncio foi recebido com ceticismo por muitos pesquisadores e por alguns países, como a Alemanha, que duvidaram de sua eficácia e segurança, principalmente pela falta de dados públicos sobre os testes realizados até o momento. O presidente Vladimir Putin também afirmou que a vacina garantiu "imunidade de longa duração" contra o novo coronavírus.
 

AFP