Espaço do Leitor: Além do cais de nunca mais

Foto: Sérgio Carvalho

No início dos anos 90, derrubaram o "cais de Aprígio Duarte" e colocaram "dois canos ".

Eu morava com minha companheira paulista, Meire e os meus dois filhos Luiza e Moisés ali no cais " da Carmela Dutra e fiquei juntando os "balaustres" , dando de presente como "relíquias " feito os pedaços do "muro de Berlim ". Lá derrubaram uma vergonha, aqui uma história.

Fui acusado de "retrógrado " "revanchista "?? Às vezes,  até impedido de cantar( até que o meu amigo Herbeth Café quebrou um "iceberg" e acabei fazendo um "jingle e cantando na Fenagri") Atravessei a ponte,  fiz muitos "jingles " por lá. (Saudade de Juarez Canejo que se foi e Aloísio Gomes, muito vivo).

Pernambuco começa aqui - no São Francisco que Deus nos deu - Petrolina você é tão linda - ninguém te quer mais do que eu. Era um "jingle " meu que festejava o primeiro Gov.de Fernando Bezerra Coelho , com o "river shopping e centro de convenções.

Aqui quase entrei pelos canos. Fui sobreviver em Petrolina e acabei sendo o autor do hino do seu centenário em concurso nacional.

(Em Juazeiro os políticos escolhem os autores dos seus hinos).

"Nada será como antes".

Meu coração se alegra neste tempo de trevas.

Mesmo uma campanha política antecipada tentando obscurecer  nossas coisas boas.

O pior é que usam Petrolina como "paradigma " ou um saudosismo de não sei o quê?

Saudade eu tenho de pessoas ,  Juazeiro da minha infância mágica.

Saudosíssimo, quero  uma saudade futurista!

Vamos com o nosso próprio  lume , brilhar neste "breu " de "falsos brilhantes".

Se não temos tantos "prédios " avenidas largas?

Em nossos "becos estreitos " vamos alargar nossa inteligência e cultura.

Eu quero o brilho humano de estrelas inspirado em João Gilberto, Ivete Sangalo , Luiz Galvão, Daniel Alves, Pedro Raymundo Rêgo, Euvaldo Macedo Filho..e tantos, tantos juazeirenses anônimos brilhando como "Santos em seus cantos".

Maurício Dias