UAUÁ: CINCO NOVOS CONSELHEIROS APROVAM AS CONTAS DO FUNDEB 2017 SEM ANALISAR NENHUM DOCUMENTO

Quinta-feira, dia 22, o Conselho do Fundeb de Uauá se reuniu na sede da secretaria municipal de educação para dar o parecer das contas referente ao ano de 2017. O conselho que teria que analisar as contas no exercício de 2017 foi todo renovado, ficando como único representante do conselho anterior, o coordenador do Núcleo da APLB, sindicato dos professores, Francisco-Prolepses.

Em 2017, o conselho se reuniu apenas três vezes, uma delas solicitada pelo representante dos professores. Porém, em nenhuma teve como pauta o acompanhamento das contas e análise mensal das mesmas. Assim sendo, no amanhecer de 2018, data-limite para o munício prestar contas ao TCM-BA, o novo conselho fez uma reunião para uma simples discussão e outra para aprovação das contas.

A direção da APLB-UAUÁ, como sempre, apresentou um relatório do acompanhamento mensal da conta do FUNDEB, entrada e saída de recursos, apontando algumas despesas realizadas fora do que propõe a lei para o uso dos recursos. Além da apresentação oral, a direção encaminhou documentos de informe à gestão sobre situações estranhas ocorridas no exercício de 2017, salientando que não houve respostas por parte dos responsáveis e que, por isso, recorreu à justiça.

Entretanto, mesmo depois de tudo que foi relatado, e com a fala da representante da Secretaria de Educação que confirmou um dos casos, os cinco novos conselheiros aprovaram, de forma contumaz, as contas do ano, mesmo sem ter acompanhado e analisado.

O coordenador, Francisco-Prolepses, espantado, externou: "Estou tentando entender ou saber com qual base lógica cinco membros do Conselho do Fundeb de Uauá, que entraram agora, não acompanharam as despesas de 2017 e nem sentaram para analisar, aprovaram de forma categórica as contas do FUNDEB 2017, mesmo tendo assistido o relatório da APLB que apontou despesa estranha realizada pela gestão, uma delas comprovada pela representante da Secretaria de Educação no momento da votação. É incrível! Vou a justiça perguntar se é dessa forma que se analisa as contas da educação. Agora entendo porque ninguém quer participar de alguns conselhos, por não levarem a sério. É brincadeira! Não posso participar dessa brincadeira de mal gosto com algo tão sério. Lamentável!".

Direção do Núcleo da APLB Uauá