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Museu Gonzagão em Exu paralisa visitas para garantir a prevenção contra o coronavírus

A partir da quarta-feira (18), todas as escolas, universidades e demais estabelecimentos de ensino das redes pública e privada devem suspender o funcionamento.

A determinação foi publicada no Diário Oficial pelo governo de Pernambuco e é motivada pela chegada do coronavírus em diferentes regiões do estado...

Sem recursos públicos e da iniciativa privada, o Parque Asa Branca/Museu Gonzagão, em Exu, Pernambuco, enfrenta dificuldades

O roteiro turístico do Cariri é formado por riquezas históricas, cultura popular, religiosidade, belezas naturais, entre outros atrativos. Do outro lado da encantadora Chapada do Araripe está Exu, em Pernambuco, município que faz limite com o Crato, e onde há um repertório vasto de bens materiais e imateriais que tornam a ida à terra natal de Luiz Gonzaga quase que obrigatória para quem visita o Sul do Ceará.

Em apenas uma hora de viagem, é possível conhecer a vida do 'Rei do Baião' e edificações valorosas para a memória do País. Porém, a falta de cuidado e o tempo ameaçam esses patrimônios. O Parque Aza Branca - escrito com Z (o Z em asa foi intencional, para que levasse o Z de LuiZ e de GonZaga), faz parte de um complexo de edificações que conta a história de um dos mais importantes artistas populares do Nordeste...

Artigo: Em defesa do Museu Gonzagão e da memória afetiva da cultura

A triste e assustadora reportagem veiculada do possível fechamento do Parque Asa Branca, localizado em Exu, Terra de Luiz Gonzaga, lugar que guarda parte da memória do  Rei do Baião, merece reflexão. No parque está o Museu do Gonzagão.

Para onde está caminhando a Política Cultural brasileira?

A revitalização do museu mais  brasileiro e do patrimônio histórico ali representado deveria ser uma das prioridades do Ministério da Cultura. O Museu Gonzagão dever ficar sempre aberto à vida que há fora deles.

Este assunto evoca os versos de uma canção: "Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim / Digo num velho baú de prata porque prata é a luz do luar". Este baú é como um museu pessoal, o museu que todos temos, feito de lembranças, quinquilharias e reminiscências que alimentam o nosso presente. Como todos os museus pessoais, o da canção tem "qualquer coisa" que vai além do "eu".

Gilberto Gil, ex-ministro da cultura disse que há um momento e um território em que o canto da memória se encontra com outras memórias e outros cantos. E se transforma a partir dos encontros feitos. Os museus de pedra e cal e os museus virtuais são baús abertos da memória afetiva da sociedade, da subjetividade coletiva do país, da soma dos museus pessoais.

O Parque Asa Branca merece atenção e não pode fechar! É preciso que o Museu do Gonzagão se mantenha vivo e pulse, consagrando o jogo de tradição e invenção que dialeticamente marca a construção da cultura brasileira.

O Museu de Luiz Gonzaga em Exu, têm cheiro de vida e nele está o alimento, a raiz da música mais brasileira inspirada no toque da sanfona de Luiz Gonzaga, de seus compositores e seguidores.

E esta raiz remete ao cosmo (e ao caos) das musas. O museu é a casa das musas. E não por acaso a musa da música tem lugar privilegiado no Templo das Musas, no museu das artes, no panteão das musas que desde a mitologia grega são as inspiradoras de toda arte, de toda criação humana. Os museus abrigam o que fomos e o que somos. E inspiram o que seremos.

O Parque Asa Branca precisa ser visto como um lugar de criação, diálogo e preservação do aqui e do agora. Esta noção está na base dos esforços de todos que preservam a memória e história de Luiz Gonzaga.

Os museus são "pontos de cultura". O Parque Asa Branca deve cumprir um papel de referência e base para o futuro da cultura. O Museu Gonzagão significa música e poesia para os nossos corpos, mentes e espíritos.

Por Ney Vital..