Desde março de 2015, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, vem fazendo uma triagem dos pacientes que procuram o setor de emergência adulto, na sala de Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR). O método já alcançou um resultado de redução de mais de 40% no número de óbitos do setor. “Isso justifica a qualidade da assistência, que tem melhorado, junto com esse suporte de classificação de risco. E os profissionais, a cada dia, estão mais empenhados em prestar um atendimento melhor e de qualidade para todos os que nos procuram”, explica a coordenadora de enfermagem da emergência (EME) adulto, Lorena Reis.
Ao chegar no Roberto Santos, o paciente é avaliado e direcionado seguindo um protocolo de acolhimento que classifica o nível de complexidade e risco do seu estado de saúde. O protocolo de Manchester, utilizado pelo hospital, é referência no mundo. No método, cada problema de saúde se enquadra nas cores que são estabelecidas, entre vermelho, onde o atendimento deve ser imediato; laranja, o qual o paciente deve ter uma espera de até dez minutos; e amarelo, para os que necessitam de atendimento rápido. Para as cores verde e azul, os pacientes podem ser encaminhados para outras unidades de saúde ou até mesmo aguardar entre 120 e 240 minutos para serem atendidos, respectivamente. Referência no atendimento de média e alta complexidade, de acordo com a direção do HGRS, alguns pacientes que chegam com problemas simples à unidade não entendem quando as equipes médicas priorizam o atendimento dos casos mais complexos.
“Nós atendemos pacientes muito graves. Se recebermos pacientes para uma consulta eletiva, não tem onde colocar os outros. Então a gente acolhe, explica para o paciente, tenta fazer ele entender que não é aqui onde ele deve ser atendido. O paciente sai feliz e a gente fica com uma demanda maior para o pessoal que realmente precisa desse atendimento”, explica a enfermeira do Acolhimento com Classificação de Risco(ACCR) na urgência e emergência adulto, Fernanda Macheli.
De acordo com a médica plantonista, Maria Augusta Chagas, a seleção realizada na sala de acolhimento com classificação de risco é necessária para que se identifique o tipo e a necessidade do atendimento na unidade. “O perfil do paciente que é priorizado para ser atendido no Hospital Roberto Santos são aqueles classificados mais graves. Patologias como hemorragia digestiva, pacientes neuroclínicos, neurocirúrgicos e nefrológicos são os principais casos que atendemos”, pontuou.
Durante o atendimento na sala de acolhimento, o aposentado Claudionor de Freitas, de 78 anos, que mora em Conceição do Jacuípe, foi orientado e saiu satisfeito com as considerações que recebeu. “Para mim, foi ótimo o atendimento. A médica me atendeu bem, me recomendou bem, vou sair satisfeito porque fui bem atendido. Farei propaganda. Me deram medicamento, a médica me escutou e falou que está tudo bem”, acrescentou.
Campanha
Com o objetivo de informar à população que procura a unidade, o HGRS deu início a uma campanha para conscientizar os pacientes sobre a importância do Protocolo de Manchester de Classificação de Risco. Especializado no atendimento de média e alta complexidade, o Roberto Santos fará, durante todo o mês de novembro, atividades na ala de urgência e emergência para esclarecer o método utilizado no atendimento e promover a valorização dos profissionais que trabalham no setor. Na próxima terça-feira (8) uma partida de futebol entre os funcionários com o conceito ‘campeão’, será realizada no estádio de Pituaçu, em Salvador, em comemoração aos resultados obtidos no atendimento em 2015. ..