Foram encontrados 88 registros para a palavra: brum

Um ano depois: Tragédia de Brumadinho matou 206 homens e deixou legião de viúvas, uma delas vive em Petrolina

A tragédia da Barragem de Brumadinho completa um ano no próximo sábado, dia 25. Dos 270 mortos da tragédia já identificados, 206 são homens que deixaram uma legião de viúvas. Uma destas vitimas diretas do "crime ambiental ocorrido em Brumadinho) atinge a família de uma Petrolinense. Ela é umas das viúvas.

Mas a avalanche de lama e rejeitos de mais de 10 milhões de metros cúbicos (m3) que resultou na morte de 270 pessoas, sendo 11 desaparecidas, acrescentou à realidade da população atingida.´Se pensarmos nas mães e irmas a tragédia desenha-se essencialmente feminina. No grupo de watSapp a maioria participa das conversas para saber como requerer os direitos à Vale e à Justiça...

Um ano após Brumadinho, Vale recupera valor que tinha antes da tragédia

Cerca de um ano após a tragédia em Brumadinho, a Vale recuperou o valor de mercado que tinha antes do rompimento da barragem em Minas Gerais, em 25 de janeiro de 2019. Com dados econômicos positivos da China, seu principal importador, as ações da mineradora registraram alta de 3,3% nesta sexta-feira (14) e chegaram a R$ 57, valor acima dos R$ 56,15 registrados no pregão anterior à tragédia em Brumadinho.

Com a valorização neste pregão, o valor de mercado da companhia foi a R$ 301 bilhões, R$ 5 bilhões a mais do registrado pré-Brumadinho. Logo após o rompimento da barragem de rejeitos na mina do Córrego do Feijão em Minas Gerais, os papéis da mineradora foram a R$ 42,38, queda de 24,5% no pregão e uma perda de R$ 72 bilhões em valor de mercado em um único dia.

O número oficial de mortos da tragédia é de 255 e 15 pessoas ainda são dadas como desaparecidas. A valorização da Vale é fruto do otimismo do mercado com a empresa e com o setor. A China, maior importador do minério de ferro brasileiro, assinou na quarta (15) a fase 1 do acordo comercial com os Estados Unidos, o que deve acelerar sua economia e aumentar a importação de minério de ferro da Vale.

O preço da matéria-prima também deve subir em 2020, segundo relatório do Credit Suisse. O documento argumenta que os estoques da China terminaram 2019 em níveis muito baixos e que isso, junto ao ano novo chinês mais cedo, sugere que a produção de aço deve crescer rápido no primeiro trimestre.

O banco também cita planos de investimento em infraestrutura da China, além de oferta ainda reduzida da commodity, com os estoques dos portos nos níveis mais baixos desde setembro e com os embarques do Brasil e da Austrália caindo com o inicio da temporada chuvosa em ambos.

Do lado corporativo, o Bradesco BBI recomendou compra das ações da Vale na segunda (13), indicando que a empresa é uma "subestimada máquina de fazer dinheiro em modo de diminuição de riscos",  o que levou a Vale a subir 3,6% na ocasião. O Bradesco é um dos maiores acionistas da Vale.

O cenário positivo se junta às medidas reparatórias e preventivas que a companhia tem anunciado, como a reincorporação de nove barragens semelhantes à de Brumadinho ao relevo e ao ambiente (descaracterização). A medida visa evitar novos rompimentos.

A barragem de Brumadinho se rompeu em menos de dez segundos, e despejou 9,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos em menos de cinco minutos, o equivalente a 75% do conteúdo da estrutura. 

Os materiais retidos na barragem apresentavam comportamento frágil, diz relatório, fazendo com que perdessem resistência.

O ocorrido é semelhante ao rompimento da barragem de Mariana, em 2015, da mineradora Samarco --que tem a Vale como uma de suas donas--, quando 19 pessoas foram mortas.

Foram abertas cinco CPIs para investigar o caso: na Câmara, no Senado, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e nas Câmaras de Vereadores de Belo Horizonte de Brumadinho.

Em setembro, treze funcionários da Vale e da Tuv-Sud, empresa alemã responsável por atestar a estabilidade da estrutura de Brumadinho, foram indiciados por crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos com relação ao rompimento da barragem B1, na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.

Segundo estimativas da Vale, foram desembolsados com reparação, indenizações e despesas pelo desastre em Brumadinho US$ 1,6 bilhão (R$ 6,55 bilhões) em 2019. Tal valor é menor que a quantia a ser distribuída acionistas de R$ 7,25 bilhões, na forma de juros sobre capital próprio, referentes ao ano de 2019.

A provisão total relacionada a Brumadinho até 2031 é de US$ 8 bilhões (R$ 32,75 bilhões), valor que inclui a descaracterização de nove barragens.

Nos dois trimestres que se seguiram ao desastre, a companhia reportou prejuízos líquidos de R$ 6,78 bilhões no total. No terceiro trimestre, a Vale voltou a registrar lucro, de R$ 6,5 bilhões, um resultado 13,7% superior ao registrado no mesmo período de 2018.

A tragédia em Brumadinho afetou a produção de minério de ferro da companhia e afetou a indústria brasileira, com impacto negativo no PIB (Produto Interno Bruto) do país.

Após o rompimento no Córrego do Feijão, a mineradora interrompeu o uso de barragens semelhantes e, em seguida, autoridades como o Ministério Público e a ANM (Agência Nacional de Mineração) determinaram o fechamento de outras unidades.

De acordo com a Vale, sua produção de minério no primeiro trimestre foi 11,1% menor do que no mesmo trimestre do ano anterior. A queda comprometeu a disponibilidade internacional da matéria-prima, elevando seu preço.

Segundo relatório da XP Investimentos, "para cada US$ 10 por tonelada de aumento no preço do minério, o Ebitda da Vale aumenta US$ 3 bilhões".

O Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) é uma medida usada por analistas do mercado financeiro para avaliar o resultado operacional da companhia. A empresa pode ter um Ebitda positivo e registrar prejuízo. No terceiro trimestre de 2019, a Vale teve um Ebitda de R$ 18,3 bilhões.

"A produção [da Vale] foi comprometida, mas isso foi compensado pelo preço do minério de ferro, que está em um patamar bem elevado. Fora que a companhia fez o dever de casa bem feito, reduziu o endividamento e melhorou o caixa", diz Luis Sales, da Guide Investimentos.

O analista lembra que a empresa quase se recuperou de Brumadinho já em abril do ano passado, mas voltou a cair pelos riscos relacionados a outras barragens.

A alta do dólar, cotado a R$ 4,16, também contribui para a melhora nos resultados da companhia, que é voltada a exportação. Desde janeiro passado, a moeda americana sobe cerca de 10% em relação ao real.

No mesmo dia da tragédia em Brumadinho, a XP afirmou em relatório que o rompimento da barragem e queda de 8% dos recibos de ações (ADRs) da mineradora na Bolsa de Nova York no dia 25 não alteravam a recomendação de compra da corretora.

"A queda de aproximadamente 10% [em Nova York] parece já refletir parte relevante dos riscos, portanto mantemos nossa recomendação inalterada, em compra, com horizonte de médio - longo prazo. Entretanto, uma série de incertezas em relação ao impacto no curto prazo permanecem, portanto sugerimos cautela", diz Karel Luketic, estrategista-chefe da corretora, no documento.

Diferente das ações no Brasil, as ADRs ainda não se recuperaram da forte queda e são cotados a  US$ 13,63 (R$ 56,75). Antes da tragédia, eles eram negociados a US$ 14,86 (R$ 61,87).

Na ocasião, a Bolsa de Valores brasileira estava fechada por conta do feriado do aniversário da cidade de São Paulo. Nesta sexta, o Ibovespa fechou em alta de 1,52%, a 118.478 pontos...

Após 8 meses do rompimento da barragem de Brumadinho (MG) indios sofrem o impacto da morte do Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco

Em 25 de janeiro, a barragem I da mina Córrego do Feijão rompeu em Brumadinho (MG), liberando 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração e deixando 248 mortos – 22 pessoas ainda estão soterradas. O impacto não foi só em vidas. Além de destruir uma área de aproximadamente 300 hectares, a lama tóxica atingiu o rio Paraopeba, que registrou presença de rejeitos de mineração na usina hidrelétrica de Retiro Baixo, a 318 km do local da tragédia.

Oito meses após o crime da mineradora Vale, a aldeia Naô Xohã teve seu modo de vida destruído pela morte do rio Paraopeba. A comunidade com cerca de 200 indígenas das etnias pataxó e pataxó Hã Hã Hãe reivindica, desde o fim de agosto, junto ao Ministério Público Federal (MPF), a realocação para outro território. A área deve ser disponibilizada pela Vale, que irá se reunir nas próximas semanas com os indígenas e o MPF para negociar a disponibilização da nova localidade...

MPF investiga suposta contaminação do Rio São Francisco por rejeitos de Brumadinho na Bahia

Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar os impactos ao Rio São Francisco e afluentes baianos dos rejeitos provenientes do rompimento da Barragem do Feijão, da Vale, em Brumadinho, no estado de Minas Gerais. As informações estão em portaria assinada pelo procurador da República, Adnilson Gonçalves da Silva, publicada no último dia 24.

Para instauração do procedimento, o representante do órgão federal considerou a realização de uma audiência pública, no auditório do Colégio Model, em Bom Jesus da Lapa, a 796 km de Salvador, em abril...

No 131º dia de busca, bombeiros encontram corpo completo em área da Vale em Brumadinho

Após mais de 130 dias de buscas, bombeiros encontram mais um corpo completo na área atingida pelos rejeitos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os restos mortais foram localizados nesta terça-feira na região do Terminal de Carga Ferroviário 3 (TCF 3). Pelo caminho percorrido pela lama, o terminal está localizando antes da área administrativa, frente de trabalho mais próxima do local do ropimento. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, ainda não há identificação da vítima. O corpo será levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. Até o momento, foram confirmadas 245 mortes em decorrência do rompimento da barragem em janeiro. Outras 25 pessoas continuavam desaparecidas. ..

EM PETROLINA, FRENTE PARLAMENTAR DISCUTE RISCOS AO SÃO FRANCISCO APÓS TRAGÉDIA DE BRUMADINHO

Nesta segunda, 3 de junho, a Frente Parlamentar em Defesa do Rio São Francisco promove em Petrolina uma audiência pública para discutir os riscos que o Velho Chico corre após o rompimento da barragem da Vale, ocorrido no município de Brumadinho (MG). Entre os objetivos, estão a análise da contaminação no rio e os impactos nos usos múltiplos das suas águas. O evento será na Câmara de Vereadores, às 9h, e conduzido pelo deputado estadual Lucas Ramos (PSB), coordenador do colegiado. A audiência contará com a presença de ambientalistas, pesquisadores, representantes da sociedade civil e de instituições públicas como prefeituras e câmaras de municípios do Vale do São Francisco.

"Estamos somando esforços para construirmos soluções que possam evitar uma contaminação das águas do rio mais importante do Nordeste, o que prejudicaria diretamente a agricultura familiar e irrigada, a pesca artesanal, o abastecimento, o turismo e a geração de energia", explicou Lucas Ramos. "Após realizarmos reuniões no Recife, Cabrobó e Floresta, trouxemos o debate para a maior cidade do Sertão. Petrolina tem ligação forte com o São Francisco e o desenvolvimento da nossa região depende da saúde do rio, portanto é obrigação de todos defendê-lo", afirmou...

A Situação do Rio São Francisco é grave sob diversos aspectos e, com a tragédia de Brumadinho os alertas se tornaram ainda mais importantes

Na sexta-feira (17), em Brasília, o CBHSF (Companhia Hidrográfica da Bacia do Rio São Francisco) reuniu jornalistas de diversos veículos nacionais e regionais para apresentar sua campanha anual em defesa do Rio São Francisco.

A frase “Sou mais Velho Chico” foi o mote escolhido para a campanha que chega em sua sexta edição e tem como grande objetivo chamar atenção para os sérios problemas enfrentados pelo Rio. A situação do Rio e sua bacia hidrográfica é grave sob diversos aspectos e, com a tragédia de Brumadinho os alertas se tornaram ainda mais importantes. Para se ter uma ideia, são 235 barragens de rejeito de minério localizadas ao longo da bacia que possuem alto risco de rompimento, o que representa um risco sem precedentes para a vida do Rio...

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE SITUAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO PÓS-BRUMADINHO NESTA TERÇA 7

A Assembleia Legislativa de Pernambuco promove amanhã, dia 07 de maio, uma audiência pública para debater os riscos que o rio mais importante do Nordeste corre após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). A iniciativa é da Frente Parlamentar em Defesa do Rio São Francisco, coordenada pelo deputado estadual Lucas Ramos (PSB). O evento será realizado às 9h no auditório Sérgio Guerra, na Alepe.

O objetivo é avaliar a situação do rio com a possível chegada dos rejeitos minerais que contaminaram o Rio Paraopeba. Também serão ouvidos especialistas em recursos hídricos e meio ambiente, além de representantes de órgãos públicos com atuação ligada aos usos múltiplos das águas do Rio São Francisco. "É nossa obrigação defender o Velho Chico e estamos atentos ao perigo que ele corre desde o momento em que a barragem da Vale rompeu em Minas Gerais, o que representa uma grande ameaça e pode trazer prejuízos para o Nordeste", afirma Lucas Ramos. ..

Vegetação começa a crescer sobre lama em Brumadinho

Atualmente a lama não se parece em nada com a que invadiu Brumadinho: o verde começa a brotar em meio aos rejeitos da mineração. Parte da lama está completamente seca e os rejeitos de minério na superfície são visíveis. Hoje já é possível caminhar com menos dificuldade sobre a lama, antes instável, líquida e perigosa.

Surpresos com o verde que insiste em nascer em meio aos rejeitos, parte dos moradores acredita que, por conta da força com que desceram os rejeitos, árvores e vegetação foram arrancadas sem perder completamente suas raízes. Segundo os moradores, as áreas de maior crescimento de vegetação eram os pontos de maior biodiversidade, como os riachos e lagoas.

No último domingo (14), acontecia o enterro do último morador encontrado no Córrego do Feijão. Nesse pequeno distrito, um dos mais afetados pelo rompimento da barragem no dia 25 de janeiro, foram 25 vítimas --ao todo, 231 morreram na tragédia. Levi Gonçalves da Silva foi o último morador do Feijão a ser reconhecido, 85 dias após o rompimento. Perto da data em que se marcariam três meses do desastre, o pequeno cemitério local estava, mais uma vez, cheio.

"Você viver 40 anos com uma pessoa é muito tempo, né. É muita história pra acabar assim, dentro de 1 segundo. Ninguém esperava tanta gente debaixo da terra de uma hora pra outra, num caso que podia ter sido evitado", diz Conceição Lopes Fernandes Silva, 53, viúva de Levi.

Os restos mortais de Levi foram reconhecidos por familiares na sexta feira (12) no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. Na mesma situação de Levi, ainda existem 530 partes de corpos de vítimas aguardando para serem identificadas. Além das 231 mortes confirmadas, há 41 pessoas desaparecidas, segundo lista divulgada pela Vale e pela Defesa Civil.

As buscas serão encerradas caso os restos mortais no IML sejam compatíveis com o DNA dos desaparecidos.

Na quarta-feira (17), 83º dia de buscas, os resgates contavam com 138 bombeiros militares e 4 duplas formadas por tutor e um cão farejador, em contraponto aos 400 militares que atuavam no início da operação. Os bombeiros informaram também que drones têm sido utilizados nas buscas, ao invés de aeronaves.

Segundo a Vale, 272 famílias de vítimas receberam doação de R$ 100 mil; 98 donos de imóveis na zona de autossalvamento receberam R$ 50 mil cada; e 81 pessoas cujos negócios foram impactados receberam R$ 15 mil.

"Eu ainda não fui na lama, ainda não tive coragem de ver o barro. Só pela TV." Noé Henrique de Oliveira, 63, um dos moradores mais antigos do Córrego do Feijão, perdeu o terceiro de seus quatro filhos no desastre ambiental.

Rodrigo Henrique de Oliveira, 31, que trabalhava para a Vale, deixou mulher, um enteado e um filho, Bruno e Rodrigo Jr., de 20 e 11 anos, respectivamente.

"Por aqui até o ar tá triste, você repara?", diz Noé. A população atingida se divide entre os que querem partir e os que querem ficar. O turismo, antes importante fonte de renda, agora praticamente não movimenta a economia.

Celso de Oliveira, 20 anos, é funcionário da Brasanitas, empresa terceirizada da MRS, que faz limpeza dos vagões de trem. "A minha vontade agora é de ir embora. A gente não vai esquecer, com certeza. Eu acredito que longe daqui vai ser melhor, não vai estar vivenciando todo dia ali, passando todo dia na estrada e relembrando", diz ele.

Já Wilson José Ferreira, 55, aposentado e membro da associação de moradores do Córrego do Feijão, não pensa em sair do local. "Não vou aluir meu pé daqui nem tão cedo. Posso sair daqui, mas só depois de ver isso tudo reestruturado. O que eu puder fazer por essa comunidade pode ter certeza que eu vou fazer. Vou dar o máximo que eu puder."

"Eu creio que daqui a dois ou três anos a Vale vai estar movimentando a mesma coisa. Vai acontecer igual lá em Mariana. Lá já foi até esquecido. Lá eles perderam bens materiais né, aqui foram vidas mesmo. Aqui também vai ser esquecido. A Vale vai continuar, aliás, já está continuando", diz Carmem Vicentina Barbosa, 67 anos, nascida no Córrego do Feijão.

"Isso aqui eles podem folhear a ouro que nada vai apagar o que aconteceu. Nunca mais", diz Wilson José Ferreira...

Alarmismo exagerado: Órgãos ambientais oficiais desmentem possibilidade de contaminação das águas do Velho Chico, em Juazeiro e Petrolina

Orgãos ambientais oficiais negam possível contaminação do Rio São Francisco na região de Juazeiro e Petrolina

Após publicação no BLOG GERALDO JOSÉ, nos últimos dias, com manifestações de preocupação das comunidades ribeirinhas ao longo do Rio São Francisco, principalmente no sub médio, órgãos ambientais em Brasília, leia-se IGAM, INEMA, IBAMA, IEF e ANA, fizeram chegar à nossa redação documentos que contestam a possibilidade de contágio das águas do Rio São Francisco, nesta região, em virtude do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho.

Em anotação à parte, escreveram: “Bom dia. Meu amigo, existe um alarmismo exagerado. A pluma sequer atingiu o reservatório de Retiro Baixo, e em chegando lá deve permanecer de 40 a 60 dias, o que ocasionará forte decantação. Somente aí seguirá para o reservatório de Três Marias. Nossa expectativa é que a contaminação do São Francisco será baixíssima, se não inexistente”, anotaram.

De acordo com o documento “O Ibama, em conjunto com o ICMBio e os Órgãos Ambientais Estaduais tem trabalhado no diagnóstico dos impactos do desastre ao longo de toda bacia. Para tal, são utilizadas informações da qualidade da água, geradas pelos órgãos oficiais responsáveis, além de coletas de dados in loco para avaliação dos impactos agudos na biodiversidade”, concluindo que “Após avaliação de dados oficiais, conclui-se que é improvável que os rejeitos oriundos da Barragem B1 da Vale tenham atingido o Reservatório de Três Marias e, consequentemente, o Rio São Francisco”...

Poluição Brumadinho: Prefeituras de Juazeiro e Petrolina ainda não sabem o que fazer para proteger o Velho Chico

A poluição da empresa Vale que matou o Rio Paraopeba avança. As prefeituras de Juazeiro e Petrolina ainda não sabem o que fazer para proteger o Velho Chico, caso aconteça a confirmação de contagio das águas do Rio São Francisco. No último dia 25 de janeiro, quando a barragem de Córrego do Feijão rompeu e devastou Brumadinho, poucos perceberam que o crime e a lama poderiam afetar a região Nordeste do país.

Mas não tardou até que os rejeitos de minério matassem o rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco em Minas Gerais, comprometendo a vida vegetal e animal na zona de mata atlântica, e seguissem em direção ao Velho Chico. No dia 22 de março a Fundação SOS Mata Atlântica divulgou relatório informando que entre os dias 8 e 14 de março o alto São Francisco já apresentava grande concentração de ferro, cobre, cromo e manganês, tornando a água imprópria para o uso da população. ..

CPI de Brumadinho se reúne nesta terça-feira com Ministério Público

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), se reúne na próxima terça-feira (16) com representantes do Ministério Público, para troca de informações sobre a tragédia e pontos da legislação sobre segurança de barragens que podem ser aperfeiçoados. “A CPI terá um momento agora com o Ministério Público para pensar no reordenamento moral, ético judicial, para que casos como o de Brumadinho não se repitam”, disse a presidente do colegiado, senadora Rose de Freitas (Pode-ES).

Na avaliação da senadora, os responsáveis pelo rompimento da barragem não podem ficar impunes. “Sem punição não podem ficar. Acho que agora a CPI também tem que caminhar a passos firmes, na direção da obrigatoriedade de garantir as indenizações devidas, para que as pessoas possam tentar reerguer suas vidas, e isso não está acontecendo”, disse...

Recife, Floresta, Cabrobó e Petrolina receberão audiência pública para discutir os riscos dos rejeitos de Brumadinho no Velho Chico

A possibilidade de o Rio São Francisco ser atingido pelos rejeitos da barragem da Vale que estourou em Brumadinho (MG), em janeiro, será discutida pela Assembleia. A Frente Parlamentar criada para defender esse curso d’água convidará especialistas e representantes dos órgãos de fiscalização ambiental para analisar a situação, em encontros a serem agendados nos municípios de Cabrobó, Floresta e Petrolina (Sertão), além de um debate no Recife.

Coordenador do colegiado, o deputado Lucas Ramos (PSB) pontuou que há divergências sobre a contaminação ou não do Velho Chico, que tem como um de seus afluentes o Rio Paraopeba, afetado diretamente com os rejeitos da mineradora. Segundo o parlamentar, relatório da Organização Não Governamental Instituto SOS Mata Atlântica indica que o São Francisco foi atingido, enquanto a Agência Nacional de Águas (ANA),  o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) negam a informação...

Bom Jesus da Lapa: Impactos da tragédia de Brumadinho na Bacia do Rio São Francisco serão discutidos em audiência pública

Os potenciais efeitos do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale em Brumadinho sobre a Bacia do Rio São Francisco será o tema da audiência pública realizada no dia 4 de abril, pela Promotoria Regional de Justiça Ambiental de Bom Jesus da Lapa, Bahia, às 9h, no Colégio Modelo, no município de Bom Jesus da Lapa. A audiência será presidida pela promotora de Justiça Luciana Khoury e servirá para coletar dados sobre os impactos da tragédia de Brumadinho nos municípios da calha do rio, na Bahia. 

Serão coletados junto aos poderes públicos, movimentos sociais e comunidade local, depoimentos sobre a potencial presença de metais pesados, que podem comprometer a qualidade hídrica da bacia e causar danos à saúde da população local, que passarão a integrar o inquérito civil do Ministério Público estadual sobre os efeitos da tragédia de Bumadinho na Bahia...

Rio São Francisco: Comissão Parlamentar de Petrolina apresenta relatório do desastre de Brumadinho

A Comissão Parlamentar da Câmara de Petrolina deu um exemplo para o Brasil, ao pressionar o Governo de Minas Gerais para adoção de medidas urgentes em defesa do Rio São Francisco e seus afluentes, após o desastre ambiental de Brumadinho que atinge diretamente o Rio da Integração Nacional. O vereadores que compunham a Comissão foram pessoalmente cobrar dos Governos do Estado Mineiro e Federal a responsabilização da Empresa Vale do Rio Doce pelo desastre que acometeu milhares de famílias e fez quase 200 vítimas fatais.  

Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda (25), na Casa Plínio Amorim, os vereadores apresentaram o relatório da viagem, uma missão positiva que está sendo copiada por vários legislativos municipais e estaduais das áreas banhadas pelo rio e que sofrerão as consequências dos rejeitos minerais em função do rompimento da barragem. A iniciativa do vereador Gabriel Menezes teve a aprovação unânime dos vereadores...

ESPAÇO DO LEITOR: REJEITOS DE BRUMADINHO.

Onde devemos recorrer e nos garantirmos, para que todas as comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco (Velho Chico) que utilizam as águas deste grandioso “Rio da Unidade Nacional” possam ter informações concretas e seguras quanto ao uso das águas.

Estamos diante de uma situação de emergência e até agora o SAAE (Serviço   Autônomo de Água e Esgoto) responsável pelo fornecimento do líquido precioso que sem ele não existiria vida humana, nem vida animal, nem vida vegetal; porquê até agora não se pronunciou para tranquilizar a todos?..

Possível contaminação da Bacia do São Francisco, por rejeitos de Brumadinho, repercute nas cidades banhadas pelo rio 

Continua repercutindo em todo o Brasil e especialmente nas cidades banhadas pelo Rio São Francisco, de Minas Gerais a Sergipe, a constatação anunciada pela Fundação SOS Mata Atlântica, como já divulgada pelo Blog Geraldo José, de contaminação da Bacia, via Lago de Três Marias, em Felixlândia, na Região Central de Minas.

A publicação da Fundação, que monitora o Rio Paraopeba desde o rompimento da Barragem no Córrego do Feijão, em Brumadinho, constatou turbidez no centro do reservatório acima do aceitável (248 NTU) e concentração elevada, acima do limite legal, de metais pesados como o manganês, ferro, cobre e cromo...

Rejeitos de Brumadinho chegaram à Bacia do São Francisco, indica relatório da Fundação Mata Atlântica. ANA contesta a informação

De acordo com relatório publicado neste dia 22, dia Mundial das Águas e repercutido pelo colunista André Trigueiro, do G1, “o temor de hidrologistas, ambientalistas e de quem depende das águas do Velho Chico se confirmou”, destacando que “a lama da Vale que causou morte e destruição em Brumadinho em 25 de janeiro já chegou à Bacia do Rio São Francisco.”.

O relatório divulgado hoje é da Fundação SOS Mata Atlântica e as análises foram realizadas entre os dias 8 e 14 de março, após novas coletas de água do rio Paraopeba até o Alto São Francisco; “Nove dessas coletas aconteceram dentro do Reservatório de 3 Marias com a conclusão de que a lama da Vale é visível até o meio do lago. Mas mesmo onde prevalece a cor esverdeada na superfície das águas do reservatório, encontramos a lama a dois metros de profundidade, me disse Malu Ribeiro, coordenadora da rede das águas da Fundação SOS Mata Atlântica”, escreveu André...

Preocupados com a possibilidade de poluição do rio São Francisco vereadores vão até Brumadinho-MG e alertam para os impactos ambientais

Seguindo o exemplo da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), que criou uma Frente em Defesa do São Francisco, para discutir os riscos de contaminação das águas do Velho Chico, a Câmara Municipal de Petrolina também criou uma comissão formada pelos vereadores Ronaldo Souza (PTB) e Cristina Costa (PT), para ir até Minas Gerais averiguar in loco a dimensão da tragédia e o impacto ambiental causado pela enxurrada de lama após o rompimento da Barragem 1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH.

Além das mortes contabilizadas, com a identificação de mais 3 corpos no último domingo (17) subiu para 206 o número de mortos, ainda há 102 desaparecidos e 395 pessoas foram localizadas pelas equipes de resgate, a ONG Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil) alerta que o impacto ambiental "será sentido por anos"...

Presidente do Comitê cobra que a tragédia de Brumadinho e risco ao rio São Francisco voltem a ser discutidos

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, solicitou, através de ofício enviado para a Agência Nacional de Águas (ANA), na última sexta-feira (15), que voltasse à pauta das reuniões o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, visto que, na última videoconferência realizada no dia 11 de março, o assunto não foi sequer abordado.

Em fevereiro este Blogo informou que membranas de contenção da lama de rejeitos oriunda do rompimento da barragem da empresa Vale, em Brumadinho, que atingiu mortalmente o leito do Rio Paraopeba, em Minas Gerais, ainda não mostraram sua eficácia conforme a expectativa dos órgãos ambientais. Os equipamentos, instalados pela mineradora Vale, que deveriam, pelo menos, reduzir a velocidade de deslocamento da pluma de rejeitos e realizar sua filtragem, ocasionaram, inclusive, mortandade de peixes ainda sobreviventes na região. ..