Aumentar a família com a inclusão de mais um membro traz preocupações em muitos aspectos, com destaque para o emocional. O econômico, porém, não pode ser deixado de lado. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), o custo para criar uma pessoa até os 23 anos pode chegar a R$ 2,08 milhões em uma família de classe média alta, que recebe mais de R$ 15 mil por mês.
No caso de uma família de classe B, com renda entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, o custo total chega a R$ 948 mil. Para a classe C, que recebe de R$ 2 mil a R$ 5 mil mensais, o total também não é pequeno: R$ 407 mil.
É preciso pensar no peso do montante total para além do momento em que as crias saem de casa. Afinal, em tempos de reforma da Previdência, todos devem pensar em ter uma poupança para a aposentadoria. R$ 1 milhão gasto com o filho é R$ 1 milhão a menos no fundo de aposentadoria quando chega o momento de parar de trabalhar. Esse valor proporciona renda mensal de aproximadamente R$ 5 mil ao longo de 30 anos. No passado, era comum as pessoas contarem com os filhos para bancar suas despesas na velhice. É cada vez menor a possibilidade de isso acontecer, até porque eles mesmos terão de ter a própria poupança para a maturidade.
“Planejando, é possível poupar sempre”, diz o educador financeiro Jonata Bueno. Ele explica que os custos com educação, alimentação e saúde são os principais. “Independente de quanto ganha, a pessoa tem que fazer um planejamento”, opina. De acordo com ele, ensino é um dos maiores ativos que os pais podem proporcionar aos filhos, portanto esse é um item que pode crescer muito no orçamento.
Correio Braziliense
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