Bahia sedia 1ª Feira de Soluções para a Saúde e Seminário Internacional da Unicef

A capital baiana sediará, entre os dias 8 e 10 de agosto, a 1ª edição da Feira de Soluções para a Saúde, onde serão apresentados produtos e serviços voltados para o combate, prevenção, diagnóstico e tratamento da Zika, Dengue e Chikungunya. A Bahia foi escolhida por concentrar experiências exitosas, a exemplo dos testes rápidos para diagnóstico das três doenças, que são produzidos e distribuídos pela Bahiafarma para todo o Brasil, permitindo assim o diagnóstico em até 20 minutos.

Este é o primeiro evento do país desse gênero e será realizado no Senai-Cimatec, com a expectativa de reunir um público de 800 participantes por dia, com destaque para pesquisadores nacionais e internacionais, laboratórios, representantes de organizações sociais, além de gestores governamentais e sociedade civil.

A iniciativa é fruto da parceria entre a Fiocruz Brasília, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia (Cidacs), a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), por meio do Senai-Cimatec. Para os interessados em compartilhar seus projetos ou simplesmente participar dos debates e conhecer as experiências exitosas, basta se cadastrar no site www.feirazika.unb.br. É rápido e gratuito.

Também estarão presentes no evento representantes de diferentes instituições, como a Universidade de Brasília (UnB), o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Primeira Região (Crefito1), o Conselho Nacional das Secretarias Municipais da Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Fundo das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (Onu Mulheres), o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), , a Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas (Renezika),  o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cimatec) e Sistema Fieb o e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), este último, realizando um seminário internacional sobre a Zika.

O médico, professor e pesquisador chefe do Instituto da Tecnologia da Saúde (ITS) do Senai-Cimatec, Roberto Badaró, explica que "o evento apresentará diversos projetos para o controle do vetor, formas de prevenção individual e coletiva, sistemas de informação e monitoramento da vigilância, bem como testes diagnósticos, medicamentos e práticas integrativas. Além disso, será um espaço de debate e cooperação entre os institutos de pesquisa, governos, organizações sociais e a iniciativa privada", pontua.

De acordo com o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, serão centenas de projetos e dezenas de expositores. "Entre as experiências baianas, o aplicativo Caça Mosquito, que foi idealizado pela Sesab e desenvolvido pela Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), em parceria com a empresa Oracle, possibilita aos usuários de smartphones fotografar e denunciar possíveis criadouros do mosquito em qualquer lugar e a qualquer momento, além de alertar as autoridades para a tomada de providências. E o melhor: a localização é feita a partir de georreferenciamento (GPS)", afirma Vilas-Boas.

A Bahia também apresentará, na Feira, ações de comunicação que utilizam influenciadores digitais e o humor como elementos de engajamento do público nas redes sociais, estimulando desse modo o compartilhamento de mensagens sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti. Além disso, a interatividade de vídeos 360°, a demonstração do ciclo de vida do mosquito com o auxílio de microscópios e a estrutura de um mini cinema para exibir vídeos educativos também estão entre os destaques.

Durante os três dias do evento, uma rica programação apresentará soluções de caráter social, industrial e de serviços que podem, em muitos casos, ser replicadas por diversas pessoas e instituições em todo o Brasil e até no exterior. E a criatividade é o traço comum entre essas iniciativas. Esse é o caso dos chamados "adequadores posturais de baixo custo". Feitos em papelão, esses adequadores são cadeirinhas para crianças com síndromes ligadas às arboviroses e que têm dificuldades em se posicionar para se alimentar ou para receber estimulação motora apropriada. Para a produção dessas cadeirinhas, as crianças são medidas e recebem uma cadeirinha feita especificamente para cada uma delas. Pais, profissionais e voluntários participarão de uma oficina, durante a Feira, em que aprenderão a fazer os adequadores com a responsável por esta iniciativa, a fisioterapeuta e pesquisadora Dafne Herrero. Essa e outras soluções serão cadastradas em um site que, além de permitir a inscrição no evento, se transformará num grande banco de dados de soluções para a saúde.

Outra atração da Feira será o Hackathon, maratona tecnológica em que os participantes serão desafiados a propor o desenvolvimento de softwares ou aplicativos que facilitem a prevenção e o combate às arboviroses como Zika, Dengue e Chikungunya.

Seminário Internacional

Nos dois primeiros dias da Feira, a programação contempla também o Seminário Internacional da resposta brasileira ao Zika vírus, organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e parceiros. O evento é uma oportunidade de aprendizado sobre as melhores práticas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti e as estratégias de apoio às mulheres gestantes, famílias e cuidadores de crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZv) e outras deficiências em âmbito nacional e internacional. Durante o Seminário, experts nacionais e internacionais, gestores, pesquisadores, conselheiros de direitos, profissionais de saúde, educação e assistência social e mulheres mães e cuidadores de crianças compartilharão as lições aprendidas em relação à estimulação de crianças com alterações no desenvolvimento no ambiente domiciliar e escolar, ao apoio psicossocial e na garantia de direitos. As vagas neste seminário são limitadas e haverá inscrição prévia.

Secom Bahia