No dia 1º de outubro, é comemorado o Dia Internacional das Pessoas Idosas e o Dia Nacional do Idoso. Dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia estimam que, entre idosos com 80 anos ou mais, 40% sofrem quedas todos os anos.
A fisioterapeuta Camila Souza explica como alguns cuidados preventivos podem evitar quedas, que podem ser fatais.
Para evitar quedas de idosos, são necessárias várias medidas preventivas que envolvem ações tanto por parte dos próprios idosos quanto de seus cuidadores e familiares.
A primeira orientação, conforme a fisioterapeuta, que também é professora do IDOMED, é informar o idoso sobre os riscos de quedas e discutir, em conjunto, maneiras de preveni-las. "A conscientização pode levar a uma abordagem mais cuidadosa e cautelosa em relação às atividades diárias. Lembrando que cada pessoa é única, e as estratégias de prevenção devem ser adaptadas às necessidades individuais do idoso", destaca.
A atividade física regular também é fundamental no processo preventivo. Os exercícios fortalecem os músculos, melhoram o equilíbrio e a flexibilidade. Outra aliada são as avaliações médicas, que devem ser feitas regularmente.
"Check-ups de rotina podem identificar problemas de saúde subjacentes ou medicamentos que possam aumentar o risco de quedas. É uma oportunidade também de verificar, com o médico de confiança, se os medicamentos do idoso podem causar efeitos colaterais que afetem o equilíbrio, a visão ou a cognição. Algumas medicações podem ser ajustadas ou substituídas por alternativas mais seguras", orienta a fisioterapeuta.
Se o idoso tiver dificuldade para andar, o uso de bengalas, andadores ou outros dispositivos pode ajudar a aumentar a estabilidade e prevenir quedas. Além disso, é necessário eliminar obstáculos e tapetes soltos, instalar corrimãos em corredores e escadas, melhorar a iluminação, especialmente em áreas de passagem frequente, e evitar móveis com quinas pontiagudas.
Os calçados usados pelos idosos também são importantes. O ideal é que sejam confortáveis, tenham solas antiderrapantes e se ajustem corretamente aos pés.
"Se o idoso tiver dificuldades de locomoção ou estiver em maior risco de quedas, considere ter um cuidador ou familiar próximo para ajudar e supervisionar as atividades diárias. Deixar uma luz de presença acesa no quarto e/ou no caminho até o banheiro, para evitar quedas durante a noite", frisa a professora do IDOMED.
De acordo com Camila Souza, as quedas podem resultar em diversas fraturas, e algumas delas são mais comuns devido à fragilidade óssea característica dessa faixa etária. As principais fraturas que os idosos podem sofrer em consequência de quedas são fratura de quadril, de punho, da coluna vertebral, do fêmur e das costelas
"A fratura de quadril é uma das lesões mais graves e comuns em idosos após quedas. Pode requerer cirurgia e reabilitação prolongada, além de aumentar a dependência do idoso em atividades diárias. As quedas, ainda, podem causar fraturas nas vértebras da coluna, o que pode levar a dor crônica, redução da estatura e até deformidades", diz a especialista.
Além das fraturas, as quedas também podem causar outras lesões, como cortes, contusões, hematomas e lesões na cabeça. Segundo a profissional, é importante que qualquer queda seja levada a sério e que o idoso receba atendimento médico imediato, mesmo que não apresente sintomas graves. "O tratamento adequado e a reabilitação oportuna podem ajudar a minimizar as complicações e melhorar a recuperação do idoso. Prevenir quedas em primeiro lugar, adotando medidas preventivas, é fundamental para proteger a saúde e a segurança dos idosos", finaliza a fisioterapeuta.
Assessoria Edusaude
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