O presidente Jair Bolsonaro alterou o perfil das suas viagens presidenciais no ano de 2021. Até o fim de agosto deste ano, o chefe do Executivo federal fez 77 deslocamentos nacionais, dos quais 17 foram para o Nordeste, cerca de 22% do total. Em 2020, 7 viagens tiveram como destino a região, das 46 que o presidente fez, apenas 15% do total.
O total de vezes que Bolsonaro foi ao Nordeste em oito meses de 2020 foi quase o equivalente a todas as vezes em que foi para lá em 2020 (18). Os dados foram levantados pela Fiquem Sabendo, agência especializada em pedidos de Lei de Acesso à Informação.
No Nordeste, a distância entre taxa de aprovação e desaprovação de Bolsonaro é a maior, em relação às cinco regiões. O fosso é de 48 pontos percentuais, com 63% reprovando sua gestão e 15% aprovando, segundo pesquisa Datafolha de setembro deste ano.
A região Norte também recebeu o mandatário mais vezes. Foram quatro nos oito primeiros meses de 2020 e 12 no mesmo período deste ano. A quantidade de vezes que o presidente foi para a região está em crescimento mesmo antes de completar o ano. Foram oito viagens para lá em todo o ano de 2019 e seis em 2020.
Para o Sudeste, a queda é grande. Foram 24 viagens nos oito primeiros meses do ano ante 48 ao longo de todo o ano de 2020. Assim, faltando um terço do ano na base de dados, a quantidade de idas para a região tinha caído pela metade.
Desde que assumiu a Presidência da República, Bolsonaro já viajou 262 vezes pelo Brasil. De acordo com os dados reunidos pela Fiquem Sabendo, os deslocamentos custaram R$ 49,8 milhões. A mais cara foi o reveillon que o presidente passou no Guarujá, entre 2020 e 2021. Foram R$ 1,2 milhão gastos em 13 dias.
As viagens internacionais, por sua vez, responderam por R$ 3,9 milhões em gastos. A mais dispendiosa foi quando Bolsonaro visitou o sudeste asiático em 2019. Ela custou R$ 1,1 milhão.
Correio 24horas / foto: Alan Santos/PR
1 comentário
07 de Dec / 2021 às 19h06
Bossonauro já DISSE quem ELE É! Não ganha pra mais ninguém