Deus era um tocador de pife e foi soprando nele, num pife feito de taboca, que deu vida ao Homem com seu sopro fiel". A expressão da licença poética é do professor doutor em Ciência da Literatura, Aderaldo Luciano. Uma das manifestações culturais mais emblemáticas da cultura são as bandas de pífano.
Nesta segunda-feira, dia 02 de agosto, o cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, completa 32 anos de falecimento. Ontem, domingo (01), foi realizada a 'Missa da Saudade do Gonzagão".
O Bispo Dom Magnus Henrique participou da celebração da Missa e da Renovação do Vovô Januário.
A organização da Missa da Saudade é da ONG Parque Aza Branca e do Grupo Viva Gonzagão. Um dos momentos mais emocionantes foi a presença da Banda de Pífe, comadanda pelo mestre Louro do Pife.
No livro Igreja de São João Batista Exu Pernambuco-Sesquicentário, a professora e escritora Thereza Oldam de Alencar, pesquisadora dos episódios e sentimentos que nortearam a criação, o desenvolvimento e a consolidação do território exuense, desde a época da colonização, quando a região ainda era habitada pelos índios da nação Cariri, destaca que o grupo de zabumbeiros e pifeiros pontuam historicamente os eventos em Exu.
"O grupo de pifeiros e zabumbeiros se encontra capitaneado pelo histórico Seu Louro do Pife", diz Thereza Oldam ressaltando que octagenário Lourival Neves de Souza, Louro do Pife, continua atuando, forte, persistente e dinâmico.
Em vida Luiz Gonzaga sempre destacou a presença dos pifes e a importância do instrumento na cultura brasileira. Um das músicas, Bandinha de Fé, é uma homenagem de Luiz Gonzaga aos pifeiros espalhados neste Brasil.
O pífano (ou pife) é um tipo de flauta transversal feita em material cilíndrico (geralmente de Taboca, metal ou PVC) com 7 furos, um pra assoprar e 6 pra dedilhar, geralmente tem 3 tamanhos: “Régua Inteira”, “Três Quartos”, e “Régua Pequena”, onde quanto maior a grossura ou o tamanho do cano mais grave o som, e vice-versa.
Redação redeGN Fotos Ney Vital
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