Não há qualquer dúvida de que a nossa geração atual não estava preparada para as consequências advindas dessa Pandemia. Passou a infância, a adolescência, e chegou à idade adulta ouvindo falar da Febre Amarela (1850), da Varíola (início 1563) e da Gripe Espanhola (1918), contra as quais existem vacinas protetoras e a população se acostumou ao seu uso fundamental e obrigatório.
Desde a infância da atual geração, o valor intrínseco da vacina foi um aprendizado que ficou incorporado à cultura de nossa gente. Não obstante o reconhecimento dessa importância preventiva para a vida e o bem-estar coletivo, tivemos o desprazer de identificar, exatamente aqui no Brasil e em tempos áureos de uma ciência super evoluída, um governante possuído de pensamento infestado de incredibilidade com o poder da vacina! Como é costume se dizer por aqui, popularmente, quando alguém demonstra desconhecimento de algum saber importante: “parece que você faltou a essa aula”! No caso desse governante, parece que ele faltou a todas as aulas, infelizmente!
Com o advento avassalador do Novo Coronavírus no final de 2019 e que, com certa rapidez se expandiu por todo o mundo, o número de vidas perdidas até agora já superou a surpreendente marca de 549 mil mortes! Não fosse a velocidade com que a Ciência viabilizou as vacinas para o combate ao vírus, sucesso amparado na experiência com outras vacinas e por anos de pesquisa consolidada, a tragédia poderia estar alcançando uma dimensão inimaginável!
Ao longo de 2020 e até os dias atuais, foram milhares os momentos de dor e angústia de famílias atormentadas pela perda de entes queridos, como filhos, netos, pais, irmãos e amigos. Certamente que é um sentimento ainda mais doloroso quando se testemunha de perto que muitas dessas mortes podem ter ocorrido por falta de assistência médica, insuficiência de UTIs, e falta dos equipamentos básicos para os socorros emergenciais.
Por mais que se pretenda avaliar o que se passa no íntimo de uma pessoa atingida pelo vírus, diria que toda e qualquer reflexão esbarrará num universo vazio e sem resposta. É uma tarefa quase impossível imaginar o grau de dúvidas e incertezas que passa a dominar aquela vida, sobretudo, porque, no instante em que mais depende da força e do carinho daqueles que ama, é a hora em que existe um protocolo de segurança que determina o afastamento dessas pessoas... Somente a fé e a relação com um Poder Supremo são capazes de estabelecer a conexão que cura e salva!
Tendo sido eu e minha amada esposa, recentemente, e ao mesmo tempo, alvos implacáveis da infecção desse vírus, quero render o meu testemunho de que a nossa vida foi resguardada por pedidos de fé de familiares e amigos ao Grande Arquiteto do Universo, mas, em paralelo, fortalecidos pela proteção de duas doses de uma vacina contra o COVID-19, e reforçada pela vacina da Gripe, ou H1N1, além do competente acompanhamento médico em domicílio.
Registro o fato, para reforçar a convicção de que a vacina pode não impedir a ação de contaminação pelo vírus, mas, robustece a proteção quanto aos riscos de uma maior gravidade, e com mais chances de preservar a vida. Não confiem no aconselhamento negativista daqueles que estão politizando a vacinação. Assim, considero razoável e prudente levar em consideração o contido no título da crônica: PARA AGLOMERAÇÃO, NÃO ME “COVID”!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
12 comentários
25 de Jul / 2021 às 23h08
Você como sempre, muito assertivo nas suas crônicas, entendo bem o que voce fala referente a COVID. Como deve saber, também fui acometida por ela, a insegurança e a incerteza da cura é que nos acompanha na fase inicial e aguda da doença, o que ajudou a minha cura foi já ter recebido a 1ª dose da vacina e, também, a de Pneumonia. Sou totalmente favorável a vacina. (Salvador-BA).
25 de Jul / 2021 às 23h10
Sem comentários, como sempre, você arrasa (Maracás-BA).
25 de Jul / 2021 às 23h16
Bela crônica. A ciência comprova que a vacina é necessária. (Salvador-BA).
25 de Jul / 2021 às 23h25
Tema por demais interessante para que possamos nos concientizar melhor! Da minha parte também, tô fora de aglomeração.
25 de Jul / 2021 às 23h26
CL, você é uma competência! Texto excelente, como sempre! Um abraço. (Irecê-BA)
25 de Jul / 2021 às 23h36
O pior de tudo é o risco que correremos de afastar um inepto obscurantista entronando de novo uma camarilha de saqueadores, por absoluta incapacidade de viabilizarmos uma alternativa decente. Só Deus na causa! (Maceió-AL)
25 de Jul / 2021 às 23h43
Boas constatações. O tempo é o Senhor da razão. (Salvador-BA).
26 de Jul / 2021 às 00h14
Texto muito adequado a nossa realidade por mostra que a Ciência está bem avançada ao descobrir a vacina em pouco tempo. Parabéns. (Maracás-BA).
26 de Jul / 2021 às 00h16
Excelente. Parabéns! (Salvador-BA).
26 de Jul / 2021 às 08h31
Parabéns por mais um ótimo texto, esclarecedor e sensato! (Salvador-BA).
26 de Jul / 2021 às 08h34
Muito bom! (Rio de Janeiro-RJ).
26 de Jul / 2021 às 10h23
Caro Agenor, através do seu relato, tomo conhecimento que você e sua esposa, apesar da infecção, não foram acometidos de consequências mais graves pelos motivos já expostos, fato que reforça a minha fé e temência ao nosso criador. Da mesma forma que você, apesar de já ter tomado a segunda dose da vacina, sigo aquele velho ditado popular que diz: “Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”. Isto significa que, para aglomeração, não me covid, pois eu não vou!”