Flávia Saraiva é a estrela da ginástica artística olímpica brasileira em Tokio/Japão. A cada gesto e sorriso ela lembra o luar e as estrelas que brilham na Serra do Araripe. A cada pulo e desafio que vence lembra os acordes e suas inversões, arpejos mais difíceis das notas da sanfona da paz de Luiz Gonzaga.
Depois de cinco anos de espera, os Jogos Olímpicos estão de volta. Adiada em 2020 em função da pandemia do novo coronavírus, as Olimpíadas de Tóquio terão a sua cerimônia de abertura no próximo dia 23 de julho, às 8h (horário de Brasília).
Ao longo dos 20 dias de competição serão mais de 300 eventos esportivos, contando com a participação de aproximadamente 12.750 atletas de 206 países. Uma das promessas de conquista de medalha olimpica possui raízes sertanejas. É Flávia Lopes Saraiva um dos destaques da equipe brasileira de ginástica artística na Olimpíada. A atleta vai disputar sua segunda Olimpíada.
O pai de Flávia, nasceu em Exu, Pernambuco, na mesma terra de Luiz Gonzaga e de Barbara de Alencar. Barbara mulher revolucionária brasileira. Primeira presa política do Brasil, é considerada uma heroína da Revolução Pernambucana e da Confederação do Equador. Luiz Gonzaga mestre da cultura da sanfona, tem música gravada até no ritmo japonês. João Saraiva tem o cheiro desta poeira e identidade. Foi aluno do Colégio Municipal Bárbara de Alencar. João Saraiva tem 11 irmãos.
Em Exu os parentes de Flávia, lógico, estarão de TV ligada na torcida. Flávia é esperança brasileira de medalha na Olimpíada de Tóquio em 2021. Caso consiga um pódio, será a primeira medalhista mulher da ginástica artística brasileira.
Boa parte da torcida será do sítio em Chapada da União, na zona rural do município de Exu. A reportagem da REDEGN conversou com tia da atleta que já se encontra em Toquio.
Elma Nubia Saraiva Ubirajara Magalhães. "No momento estou muito ansiosa, mas ao mesmo tempo entrego tudo nas mãos de Deus que sabe todas as coisas. Sinto-me privilegiada por ter uma pessoa da família num evento de porte mundial que é os os Jogos Olimpicos. O começo foi muito difícil. Mas eu tinha certeza que Flávia chegaria onde está. Estamos, nós e todos os brasileiros enviando boas vibrações", disse Elma.
Flávia sempre que tem umas férias costuma visitar Exu.
Flávia começou cedo no esporte. Aos oito anos, costumava brincar de cabeça para baixo, o que chamou a atenção de uma de suas primas, que aconselhou a mãe da pequena: ”Coloque a sua filha na ginástica!”.
Pouco tempo depois, a menina já fazia parte de um projeto social da coordenadora da Seleção feminina, Georgette Vidor, o “Esporte para Todos”, da ONG Qualivida, que revela jovens ginastas, no Rio de Janeiro.
Nos Jogos da Juventude, na China, em 2014, ela conquistou três medalhas: um ouro no solo e duas pratas, no individual geral e na trave. Em Copas do Mundo, já subiu ao lugar mais alto do pódio cinco vezes. Em sua estreia olímpica, no Rio 2016, a atleta foi um dos maiores destaques da equipe. Classificada para a final da trave com a terceira melhor nota, acabou se desequilibrando e terminou em quinto lugar.
Detalhe: foi elogiada pela ginasta campeã Simone Biles dos Estados Unidos, disse que Flávia merecia a medalha de bronze.
Este ano, Flávia Saraiva é a estrela da ginástica olímpica brasileira. Reportagens internacionais apontam que A veia persistente vem dos pais, nordestinos que deixaram o sertão para tentar a vida na capital carioca. O sonho de ser ginasta começou ainda pequena, quando assistia, pela televisão, a performance de antigas campeãs.
O mundo esportivo vai assistir a arte de Flávia Saraiva e é certo que todos ficarão encantados qual a melodia mais bela tocada lá alto da Serra do Araripe, na terra do seu pai, João, do vento cantarino e de todos os brasileiros.
Redação redeGN - Texto e Foto Ney Vital
1 comentário
20 de Jul / 2021 às 21h02
Parabéns Ney Vital, pela matéria!!!