Dois homens foram condenados pela Justiça de São Paulo pelos crimes de racismo e injúria racial contra a jornalista Maju Coutinho, da Rede Globo. A decisão foi assinada pelo juiz Eduardo Pereira dos Santos Júnior, da 5ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
Nela, o juiz afirmou que "os réus, deveras, incitaram e induziram a discriminação e o preconceito de raça e cor”. As penas variam de cinco a seis anos de reclusão em regime semiaberto e aplicação de multa.
“O ataque racista, desse modo, não estaria restrito a um gueto ou ao submundo da internet no qual transitavam os acusados. Ao atacar figura pública emblemática, os réus visavam – e de alguma forma obtiveram - ampla repercussão de suas mensagens segregacionistas", escreveu o juiz, de acordo com informações da Folha de São Paulo.
O caso teve início após eles, utilizando perfis falsos em redes sociais, acessarem a página da emissora e proferirem injúrias contra a jornalista, referindo-se a sua raça e cor. Além disso, foram condenados por corrupção de menores por terem induzido três adolescentes à prática do mesmo crime. Os condenados são Erico Monteiro dos Santos e Rogério Wagner Castor Sales. Já Kaíque Batista e Luis Carlos Félix de Araújo foram absolvidos por falta de provas.
2 comentários
10 de Mar / 2020 às 17h02
A estratégia mais efetiva [para combater o racismo] é a educação. O Brasil é um país profundamente racista e que nunca teve uma ação efetiva de reparação. Por anos, houve um esforço sistemático para embranquecer a população. Acreditava-se que a razão do atraso era a presença de pessoas negras. Além disso, tentam apagar o nosso passado escravocrata. Sabe-se muito pouco do que foi a escravidão. Se as pessoas conhecessem a nossa história, dificilmente insistiriam nesse mito de democracia racial. E, para além da educação na escola, é preciso pensar na educação da sociedade como um todo.
10 de Mar / 2020 às 20h22
Srs leitores. Entendo como absurdo que nos dias de hoje, acontecer fato desagradável. Ela, é inteligente, de família humilde, foi funcionária pública, na condição de professora, em uma cidade Paulista, hoje, jornalista, com maestria, bem conduz seu mister. Temos todos que termos respeito às pessoas, não é preciso que gostem, o respeito é o que importa.Como bem disse o poeta," O mundo será Feliz, se todos nós, cultimarmos o AMOR."